1. Ir para o conteúdo
  2. Ir para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Mondlane denuncia tentativa de homicídio mas polícia nega

Lusa
19 de agosto de 2024

O candidato presidencial Venâncio Mondlane acusou um agente da polícia moçambicana de o tentar assassinar, no distrito de Zavala, província de Inhambane, sul do país, mas a corporação rejeitou hoje as alegações.

https://p.dw.com/p/4jeDr
Candidato presidencial Venâncio Mondlane
Venâncio Mondlane concorre à Presidência de Moçambique como independenteFoto: Roberto Paquete/DW

"Foi uma tentativa de assassinato do candidato do povo", afirmou Venâncio Mondlane, numa declaração divulgada na rede social Facebook.

O político avançou que, na noite de domingo (18.089, o membro da polícia, à paisana, "tentou bruscamente" aproximar-se pelas costas, tendo sido imobilizado e arrancada a arma que trazia, com 15 balas.

Mondlane adiantou que a arma foi entregue pela Coligação Aliança Democrática (CAD) à procuradoria local, mas que o polícia "escapuliu-se".

"Mandei uma mensagem para a Procuradoria-Geral da República, (...) isto foi claramente uma tentativa frustrada de assassinato", acrescentou.

Em conferência de imprensa hoje (19.08), a porta-voz da polícia na província de Inhambane considerou falsas as acusações de Venâncio Mondlane, referindo que o agente da polícia estava escalado para garantir a segurança da pré-campanha da CAD.

Mondlane à DW: "Moçambicanos não vão aceitar roubalheira"

Polícia rejeita alegações

"No dia 9, por razões inconfessáveis a CAD esbulhou [arrancou] a sua arma [do polícia], com alegações de atentado, o que não constitui verdade", disse Bata.

O polícia "encontrava-se no meio de uma multidão em missão de segurança e proteção da passeata" de pré-campanha eleitoral, avançou.

"O colega estava devidamente escalado, a segurança foi garantida e o candidato, neste momento, encontra-se no distrito de Gaza e a arma agora está no comando", enfatizou a porta-voz da polícia em Inhambane.

Nércia Bata declarou ainda que o destacamento do polícia resultou de um pedido da CAD para a proteção da pré-campanha de Venâncio Mondlane. A polícia fez-se presente, através de patrulhas motorizadas, a pé e à paisana, acrescentou.

Venâncio Mondlane concorre à Presidência de Moçambique como independente, após o Conselho Constitucional (CC) excluir, em princípios de agosto, em definitivo, a coligação CAD, que o tentava apoiar.

Além de Mondlane, concorrem à Ponta Vermelha (residência oficial do chefe de Estado em Moçambique) Daniel Chapo, apoiado pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), Ossufo Momade, apoiado pela RENAMO, e Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar.

Radar DW: Exclusão da CAD gera indignação em Moçambique