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Trump diz que vai negociar acordo comercial com o Brasil

30 de julho de 2019

Presidente americano exalta relacionamento com o Brasil, apesar de o país "cobrar um monte de tarifas", e fala em pacto de livre-comércio entre as nações. Também faz elogios a Bolsonaro: "Está fazendo um ótimo trabalho."

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Donald Trump e Jair Bolsonaro em encontro em Washington em 19 de março
"Tenho um relacionamento fantástico com Bolsonaro", diz Trump; eles se reuniram em março em WashingtonFoto: Reuters/C. Barria

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (30/07) que deseja negociar um acordo comercial com o Brasil para estreitar os laços entre os dois países. A medida poderia solucionar disputas comerciais. O mandatário americano não deu detalhes sobre o andamento das negociações.

"Vamos trabalhar num acordo de livre-comércio com o Brasil. O Brasil é um grande parceiro comercial. Eles nos cobram um monte de tarifas, mas, fora isso, amamos nosso relacionamento", disse Trump a jornalistas na Casa Branca, em Washington. A declaração foi dada na véspera de uma reunião entre o presidente Jair Bolsonaro e o secretário de Comércio dos EUA, Willbur Ross, em Brasília.

De acordo com um comunicado oficial do governo americano, a visita de Ross busca reforçar o compromisso da administração Trump com "uma forte relação comercial e econômica com o Brasil". A relação entre os dois países ganhou um novo impulso com a chegada de Bolsonaro ao poder.

Trump aproveitou ainda para tecer elogios ao líder brasileiro. "Tenho um ótimo relacionamento com o Brasil. Tenho um relacionamento fantástico com o presidente. Ele é um grande cavalheiro. Acho que ele está fazendo um ótimo trabalho", disse. "Ele é chamado de Trump do Brasil. Eu gosto disso."

O americano também falou da família de Bolsonaro, que descreveu como "maravilhosa". Bolsonaro indicou seu filho Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil em Washington. O anúncio foi alvo de críticas no meio político, diplomático e no Judiciário, que logo acusaram o presidente de prática de nepotismo. O Brasil já fez a consulta diplomática sobre a indicação e aguarda agora a resposta dos Estados Unidos.

Com relação a Eduardo Bolsonaro, Trump disse estar contente com a indicação, apesar de ter dito que não sabia que Bolsonaro pretendia nomear o filho como embaixador em Washington. "Eu acho o filho dele excelente. Ele é um jovem brilhante, maravilhoso. Estou muito feliz com a indicação, acho que é uma ótima indicação", destacou.

O presidente americano também ressaltou que não vê nepotismo no fato de Eduardo ter trabalhado na campanha. "O filho dele é excelente. Eu acho que é uma ótima indicação", acrescentou.

Essa não é a primeira vez que Trump exalta a proximidade com o Brasil. Em março, ele recebeu Bolsonaro na Casa Branca e disse que os países estavam mais próximos do que nunca. Também declarou apoio à inclusão do Brasil na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE). Após a viagem, Bolsonaro chegou a dizer que, no encontro, propôs a abertura da exploração da região amazônica em parceria com os Estados Unidos.

Durante a última cúpula do G20, realizada em junho no Japão, Bolsonaro e Trump conversaram sobre a viabilidade de um acordo comercial dos Estados Unidos com o Mercosul – bloco formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Bolsonaro era um dos poucos aliados de Trump no encontro, e ambos aproveitaram a ocasião paratrocar novamente elogios.

Com um volume anual de cerca de 70 bilhões de dólares (mais de 295 bilhões de reais) em trocas comerciais entre os dois países, os Estados Unidos possuem normalmente um robusto superávit comercial com o Brasil. As principais exportações dos EUA incluem produtos agrícolas, como trigo e ração, assim como bens de serviços nos setores da telecomunicação e informação. Já o Brasil exporta para lá aeronaves, combustíveis, café, carne, ferro e aço.

CN/lusa/afp/efe

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