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EUA: Rússia deve intensificar ataques a civis na Ucrânia

23 de agosto de 2022

Segundo Departamento de Estado americano, Rússia prepara ataques a infraestrutura civil e instalações governamentais nos próximos dias. Embaixada em Kiev orienta cidadãos americanos a deixarem a Ucrânia imediatamente.

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Prédio destruído
Cidadãos são orientados a procurarem abrigo se ouvirem sirenesFoto: Andrii Marienko/AP/dpa/picture alliance

O Departamento de Estado americano emitiu um alerta de segurança nesta segunda-feira (22/08), apontando que a Rússia está intensificando os esforços para lançar ataques contra a infraestrutura civil da Ucrânia e instalações governamentais nos próximos dias.

"A situação de segurança em toda a Ucrânia é altamente volátil, e as condições podem se deteriorar sem aviso prévio", diz o alerta. 

A Embaixada dos EUA em Kiev instou os cidadãos americanos que ainda estão na Ucrânia, se possível, a deixarem o país imediatamente, pelas vias terrestres disponíveis.

"Se você ouvir uma explosão alta ou se as sirenes forem ativadas, procure um lugar seguro imediatamente", pede o Departamento de Estado, segundo alerta divulgado pela representação diplomática na capital ucraniana.

"Se estiver em uma casa ou prédio, vá para o nível mais baixo da estrutura, com o menor número de paredes externas, janelas e aberturas; feche todas as portas e sente-se perto de uma parede interna, longe de qualquer janela ou abertura", prossegue o texto.

No caso de pessoas que estiverem ao ar livre durante um ataque, o governo americano orienta que busquem imediatamente proteção em uma estrutura rígida. "Se isso não for possível, deite-se e cubra a cabeça com as mãos", aconselha.

Entre outros tópicos, o Departamento de Estado também orienta os cidadãos a se informarem sempre sobre a localização do abrigo de segurança ou espaço protegido mais próximo, a monitorar regularmente notícias locais e internacionais, a deixar à mão documentos de viagem, a certificar-se de ter em dia vacinas contra covid-19 (para facilitar possíveis viagens) e a ter planos de contingência que não dependam da assistência do governo dos EUA.

Quase seis meses de guerra

O novo alerta foi dado dois dias antes de a invasão da Ucrânia pela Rússia completar seis meses, em 24 de agosto, data que coincide com o dia da independência da Ucrânia do domínio da União Soviética.

O alerta tem como base informações de inteligência obtidas pelos EUA, segundo uma autoridade americana citada pela agência de notícias Associated Press (AP), em condição de anonimato.

No domingo, o presidente dos EUA, Joe Biden, conversou com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, o presidente francês, Emmanuel Macron, e o chanceler federal da Alemanha, Olaf Scholz, sobre as preocupações com bombardeios perto dausina nuclear de Zaporíjia, no sudeste da Ucrânia, e pediu que o órgão de vigilância nuclear das Nações Unidas visite o local.

Segundo a autoridade americana ouvida pela AP, as informações de inteligência que motivaram o alerta emitido nesta segunda não estão ligadas especificamente a preocupações com a situação na usina nuclear, a maior da Europa.

O governo Biden luta para que os aliados ocidentais permaneçam focados em manter a pressão sobre o presidente russo, Vladimir Putin.

O líder republicano no Senado, Mitch McConnell, disse nesta segunda-feira que "a coisa mais importante que está acontecendo no mundo agora é vencer os russos na Ucrânia". McConnell afirmou que seu único medo é que os EUA e outros países "percam o interesse" à medida que a guerra se arrasta.

"Precisamos ficar com eles [os ucranianos]", disse McConnell. "É importante para nós e para o resto do mundo que eles tenham sucesso.''

le/lf (AP, ots)