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Líbia substitui pena de morte por prisão perpétua para enfermeiras búlgaras

17 de julho de 2007
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O Conselho da Alta Corte de Justiça da Líbia decidiu nesta terça-feira (17/07) transformar a pena de morte em prisão perpétua para cinco enfermeiras búlgaras e um médico de origem palestina, presos desde 1999 no país sob acusação de ter infectado cerca de 400 crianças líbias com o vírus HIV, na cidade portuária de Bengasi.

Segundo a TV búlgara, antes da decisão da Justiça, a maioria das famílias das crianças infectadas fechou um acordo para receber uma indenização de um milhão de dólares (728 mil euros) cada. Durante esta terça-feira, teriam sido pagos 290 milhões de euros. Em compensação, essas famílias teriam assinado uma declaração em que desistiam de exigir a pena de morte.

O Conselho da Alta Corte de Justiça, que tem a última palavra no caso, porém, não concedeu a esperada clemência aos acusados. Para salvar as enfermeiras e o médico (que também tem cidadania búlgara), o Ministério das Relações Exteriores em Sófia chegou a oferecer o perdão parcial da dívida que a Líbia tem com a Bulgária.

Um perdão da dívida, que a Líbia contraiu junto às ex-repúblicas socialistas do Leste Europeu, já havia sido aventado como forma de indenização às famílias das crianças infectadas. Especialistas esperavam que os profissionais fossem libertados, o que representaria também o fim de anos isolamento internacional do líder líbio Muamar Kadafi. (sams/gh)