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Aumento das tarifas de Internet suspenso

4 de junho de 2024

O Governo moçambicano suspendeu a resolução que determinava o aumento do preço das telecomunicações, após fortes contestações de diversos setores.

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Foto: Clelia Benard/DW

Num comunicado divulgado esta terça-feira (04.06), o Instituto Nacional de Comunicações de Moçambique (INCM) informou que suspendeu a resolução que fixava os limites mínimos das tarifas de telecomunicações.

O decisão do aumento do preço da internet, a 19 de fevereiro, causou um forte descontentamento no país, principalmente no seio da juventude, que saiu à rua para protestar em diversas cidades do país. A sociedade civil mobilizou-se e solicitou ao órgão regulador que voltasse atrás. Uma petição chegou a ser iniciada nesse sentido e até artistas, nas suas páginas nas redes sociais, através da sua arte, exigiram um recuo do Governo.

O que se pagava por um mega, com o aumento outrora decidido pelo Governo, era o mesmo que se pagava por um kilo de açucar. A sociedade civil acredita que o aumento do preço da internet visava limitar as comunicações neste ano de eleições gerais no país.

Nas ruas, os governantes foram chamados a justificar o aumento do preço da internet
Nas ruas, os governantes foram chamados a justificar o aumento do preço da internet Foto: Romeu da Silva/DW

Suspensão até quando?

O Instituto para a Comunicação Social da África Austral (MISA-Moçambique), que solicitou a revogação da resolução a 15 de maio, disse em comunicado que "as novas taxas dos serviços de telecomunicações, em Moçambique, colocavam em causa direitos fundamentais como a Liberdade de Expressão e o Direito à Informação, limitando, sobremaneira, a participação pública dos cidadãos nos processos de tomada de decisão sobre a gestão do país".

A indignação foi tal que os descontentes ameaçavam levar o caso à justiça. 

O Governo ainda fez um finca pé, mas cedeu às pressões. O orgão regulador afirma estar a seguir uma recomendação do Conselho de Ministros (CM), que assim o entendeu a 28 de maio.

No comunicado, o INCM informa ainda que "decorrem estudos adicionais, em coordenação com as operadoras de telefonia, no sentido de dar seguimento às recomendações do CM".

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Nádia Issufo
Nádia Issufo Jornalista da DW África
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