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Tarifas de Internet: Ativistas prometem manter protestos

Lusa
30 de maio de 2024

Ativistas moçambicanos contra o aumento das tarifas de Internet dizem que os protestos vão continuar até o regulador das comunicações anular a medida, dois dias após o Governo recomendar a suspensão das novas tarifas.

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Sociedade civil protestou em Maputo contra o aumento das tarifas das comunicações (18.05)
Sociedade civil protestou em Maputo contra o aumento das tarifas das comunicações (18.05)Foto: Romeu da Silva/DW

"Não vamos anular as ações que temos programadas, que têm a ver com a marcha que temos agendada para dia 20 de junho, até que o Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) se pronuncie", disse esta quinta-feira (30.05) à Lusa a ativista Quitéria Guirengane, representante do grupo.

Em causa está a publicação pelo INCM, em 19 de fevereiro, de uma resolução a estabelecer novas tarifas mínimas no setor das telecomunicações, de voz, mensagens e dados, cuja adaptação pelas três operadoras, desde 04 de maio, levou ao aumento real das tarifas e ao fim dos pacotes ilimitados.

Governo ordenou a suspensão das novas tarifas

Na terça-feira, o Conselho de Ministros de Moçambique recomendou ao INCM, regulador do setor, a suspensão da decisão de aumento de tarifas, para a aplicação de preços ajustados ao mercado.

Governo ordenou um novo estudo do mercado para se definir uma nova tarifa
Governo ordenou um novo estudo do mercado para se definir uma nova tarifaFoto: DW/J. Beck

"Estamos reféns do que vão dizer para podermos definir melhor a estratégia de ação e neste momento precisamos de perceber o alcance real desta revogação, recomendada pelo Governo", avançou a ativista, acrescentando que se vão manter "ações de boicote às linhas de cliente" das telefonias móveis.

No dia 18 deste mês, centenas de jovens moçambicanos marcharam em Maputo contra a medida, afirmando tratar-se de uma decisão para limitar o acesso à informação e prometendo recorrer aos tribunais por se tratar de uma medida sem sustentação legal.

"Queremos exigir a revogação total da resolução que aprova estas tarifas, que são completamente insensíveis, imorais, anticoncorrenciais, desumanas, insustentáveis e improporcionais, porque violam gravemente os nossos direitos fundamentais, quer o direito do acesso à informação, o direito à educação, ao trabalho, à identidade, consignados na Constituição", declarou Quitéria Guirengane, durante a marcha que teve como epicentro as instalações do INCM na capital moçambicana.

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