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Moçambique: Daniel Chapo promete desnormalizar a corrupção

22 de julho de 2024

O candidato presidencial da FRELIMO quer combater a corrupção em Moçambique, que na sua opinião atingiu um nível alto. Daniel Chapo está na Zambézia, onde prometeu resolver os principais problemas do país.

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Daniel Chapo, candidato presidencial pela FRELIMO, em Quelimane
Foto: Marcelino Mueia/DW

A campanha eleitoral só arranca no final de agosto em Moçambique, mas os partidos políticos já aquecem as vozes para conquistar o eleitorado rumo às eleições de 9 de outubro.

A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, e o seu candidato presidencial Daniel Chapo estão esta segunda-feira (22.07) na Zambézia para fazer chegar a sua mensagem àquela região centro do país, onde vão dar uma conferência de imprensa na tarde de hoje.

Em Quelimane, Daniel Chapo afirmou esta manhã que tenciona desnormalizar a corrupção se for eleito em outubro.

"Não podemos continuar a achar normal uma mãe ir ao hospital, chegar e ter de pagar alguma coisa. Não podemos achar normal quando há abertura de vagas para emprego, e o jovem, para ter emprego, tem que pagar", afirmou perante uma multidão de algumas dezenas de pessoas.

Como combater a corrupção?

O analista político Lourindo Verde lembra que esse é um trabalho bastante difícil. Moçambique é considerado o 35.º país mais corrupto da África subsaariana, de acordo com o último relatório da organização Transparência Internacional.

"A corrupção é um fenómeno que já se mostra muito enraizado em Moçambique. Se Chapo for eleito, pode 'desnormalizar' a corrupção se conseguir eliminar as suas raízes e se forem aplicadas as normas na Administração Pública", comenta.

Daniel Chapo, em Quelimane
Daniel Chapo: "Precisamos de continuar a conversar com os nossos colegas da Educação, os colegas da Saúde e os outros colegas da função pública"Foto: Marcelino Mueia/DW

O combate à corrupção também é um tema crucial para a oposição. Partidos como a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) acusam a FRELIMO de, nas últimas décadas, "perpetuar a pobreza" no país com práticas corruptas.

Ossufo Momade, o candidato presidencial do partido que também já está em "pré-campanha", diz que uma "elite minoritária" ignora sistematicamente o resto da população.

Chapo promete diálogo

Ainda assim, Daniel Chapo mostra-se confiante na corrida eleitoral. O candidato promete travar um diálogo de proximidade com os funcionários de vários setores públicos, inclusivamente com os magistrados, para resolver os conflitos laborais e acabar com as greves.

"Precisamos de continuar a conversar com os nossos colegas da Educação, os colegas da Saúde e os outros colegas da função pública. Eles têm muitas preocupações, e eu mesmo falo que sou funcionário público", ironizou o político da FRELIMO.

"A primeira coisa que vamos fazer é sentarmo-nos com os colegas da Educação e da Saúde para ouvirmos as suas preocupações", prometeu.

Na tarde desta segunda-feira, Daniel Chapo encontrou-se com os secretários distritais na localidade de Mocuba, onde orientou um comício popular e prometeu criar cidades temáticas – incluindo uma capital turística e uma capital industrial - à semelhança da República da Tanzânia.

Notícia atualizada às 17:47 de 22 de julho de 2024.