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ConflitosIsrael

Israel diz que Hezbollah mentiu sobre ataque no Montes Golã

rl | com agências
29 de julho de 2024

Israel diz que Hezbollah "ultrapassou todas as linhas vermelhas” com o ataque de sábado nos Montes Golã, que matou 12 jovens. Israel garante que, face à gravidade do ataque, agirá em conformidade. ONU "pediu contenção".

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Israel Libanon Golanhöhen
Foto: Hassan Shams/AP/picture alliance

De acordo com Daniel Hagari, o porta-voz principal do exército israelita, "o Hezbollah disparou um foguete contra crianças que jogavam futebol no norte de Israel. Depois mentiu e afirmou que não tinha sido ele a efetuar o ataque". Na sequência Hagari garantiu: "As forças armadas israelitas (IDF) encontram-se a fazer uma avaliação da situação e vamos preparar uma resposta contra o Hezbollah. Terminaremos as nossas avaliações e atuaremos”.

Apesar de Israel apontar o dedo ao Hezbollah, o grupo islamita nega qualquer envolvimento no incidente, atribuindo-o a um míssil antiaéreo intercetado por Israel. Também o Irão não demorou a reagir. E avisou Israel que quaisquer novas "aventuras" militares no Líbano poderão levar a "consequências imprevistas".

Negociações não param

Do lado dos Estados Unidos, a responsabilização do ataque é também atribuída ao Hezbollah. Segundo o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, "não há justificação para o terrorismo e todas as indicações são de que os 'rockets' vieram do Hezbollah ou o 'rocket' veio do Hezbollah."

E Blinken afirmou: "Estamos determinados a pôr fim ao conflito de Gaza. Durou demasiado tempo e custou demasiadas vidas. (…) Não queremos que o conflito se agrave. Não queremos que se alargue. 

Familiares da vítimas choram as suas perdas
Familiares da vítimas choram as suas perdas Foto: dpa

Os Estados Unidos anunciaram entretanto estar a trabalhar com os seus homólogos israelita e libanês numa solução diplomática que "ponha fim, de uma vez, por todas” aos ataques de ambos os lados da fronteira.

Receios de escalada no Médio Oriente

O ataque deste sábado (27.07) fez de novo aumentar o receio de que o conflito em Gaza se alastre para a região e está a ser amplamente condenado pela comunidade internacional. Em comunicado, o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, "pediu contenção" às partes, enquanto a União Europeia apelou à realização de um inquérito independente sobre o ataque.

Na sua rede social X, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros Annalena Baerbock apelou à calma. Já o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros David Lammy disse-se "profundamente preocupado” com o risco de uma escalada do conflito.

O ataque aos Montes Golã ocorre num momento em que Israel e o Hamas estão a negociar uma proposta de cessar-fogo para pôr fim à guerra de quase 10 meses em Gaza. Em declarações, este domingo, o gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, informou que as negociações continuarão nos próximos dias.

Riscos de expansão da guerra no Médio Oriente