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PolíticaEstados Unidos

Biden, Trump e Harris pedem fim da guerra em Gaza

Lusa | EFE
26 de julho de 2024

Primeiro-ministro israelita está nos EUA, onde se reuniu com o Presidente Joe Biden e Kamala Harris. Esta sexta-feira, Netanyahu reúne-se com Donald Trump, que considerou que a guerra já durou "tempo demais".

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Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu está de visita aos EUA
Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu está de visita aos EUA Foto: Jose Luis Magana/AP Photo/picture alliance

Após um encontro com o Presidente Joe Biden, esta quinta-feira, na Casa Branca, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu desloca-se, esta sexta-feira, à Florida, onde se reunirá com o ex-Presidente norte-americano e candidato republicano às presidenciais de novembro, Donald Trump.

Em declarações na véspera deste encontro, Trump afirmou querer que Netanyahu termine a ofensiva na Faixa de Gaza "rapidamente" porque está "a dizimar" a imagem internacional de Israel.

Em entrevista por telefone à "Fox News", Donald Trump disse ainda que o governo israelita "não é muito bom a administrar as suas relações públicas" e acrescentou que a guerra já durou "tempo demais".

Joe Biden pediu ao primeiro-ministro de Israel para "finalizar o acordo" de cessar-fogo em Gaza
Joe Biden pediu ao primeiro-ministro de Israel para "finalizar o acordo" de cessar-fogo em GazaFoto: Susan Walsh/AP Photo/picture alliance

O primeiro-ministro israelita proferiu na quarta-feira um enérgico discurso perante as duas câmaras do Congresso norte-americano, no qual pediu mais armas aos Estados Unidos para "acelerar o fim da guerra" na Faixa de Gaza.

O discurso de Netanyahu foi assinalado por fortes protestos de milhares de manifestantes junto do edifício do Capitólio contra a invasão da Faixa de Gaza por Israel.

Encontro com Biden

Esta quinta-feira (25.07), Netanyahu foi recebido pelo Presidente dos Estados Unidos na Casa Branca. No encontro, Joe Biden pediu ao primeiro-ministro de Israel para "finalizar o acordo" de cessar-fogo em Gaza.

Joe Biden "expressou a necessidade de preencher as lacunas restantes, finalizar o acordo o mais rapidamente possível, devolver os reféns às suas casas e pôr um fim duradouro à guerra em Gaza", fez saber a Casa Branca, em comunicado. 

Durante a reunião, Biden também discutiu a crise humanitária no enclave palestiniano, onde as autoridades israelitas devem "remover quaisquer obstáculos" ao fluxo de ajuda humanitária, restaurar os serviços básicos e reduzir os danos aos civis, de acordo com um comunicado.

Kamala Harris manifestou "viva inquietação" pelas vítimas civis do conflito 
Kamala Harris manifestou "viva inquietação" pelas vítimas civis do conflito Foto: Nathan Howard/REUTERS

Sobre as negociações, os EUA reafirmaram o apoio à segurança de Israel contra "o Irão e as milícias que lhe estão associadas", incluindo o palestiniano Hamas, o libanês Hezbollah e os rebeldes Huthis do Iémen.

O acordo em três fases pretende terminar o conflito no enclave, o que seria uma conquista para o legado do político Democrata, de 81 anos, que no domingo abandonou a candidatura à Casa Branca em favor da vice-Presidente, Kamala Harris

"Não podemos desviar o olhar destas tragédias", diz Harris

Antes, também num encontro na Casa Branca, Harris disse a Netanyahu que "já é tempo" de o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas "ser concluído", manifestando "viva inquietação" pelas vítimas civis do conflito.  

"Não podemos desviar o olhar destas tragédias. Não nos podemos permitir ser insensíveis ao sofrimento e não ficarei silenciosa", acrescentou. 

Harris tem sido abertamente crítica com a forma como Israel conduz os ataques na Faixa de Gaza, que já causou mais de 39 mil mortos, e foi a primeira voz da administração Biden a exigir um cessar-fogo. 

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