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PolíticaEstados Unidos

Três perguntas sobre o atentado a Donald Trump

João Carlos | com agências
15 de julho de 2024

Como foi possível o atentado de sábado? Quem está por trás? E qual o impacto do ataque a Donald Trump nas eleições presidenciais de 5 de novembro nos Estados Unidos?

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Atentado contra Donald Trump nos EUA
Foto: Brendan McDermid/REUTERS

O antigo Presidente norte-americano Donald Trump, de 78 anos, foi vítima de um atentado no estado da Pensilvânia. Uma bala feriu de raspão a orelha de Trump. Um dos seus apoiantes morreu e dois ficaram feridos.

O suspeito pelo ataque, num comício no passado sábado (13.07), foi morto pelos serviços de segurança.

Como foi possível o atentado?

É uma pergunta que ainda precisará de investigação para ser devidamente respondida. Para já, o secretário de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Alejandro Mayorkas, disse que a tentativa de assassinato contra Donald Trump, que se candidata pelos republicados à Casa Branca, se terá devido a uma falha de segurança.

"Algo assim não pode acontecer", disse Mayorkas, assumindo tratar-se de "uma falha".

De acordo com a agência espanhola EFE, os serviços de segurança norte-americanos comprometem-se a analisar os factos, "através de uma investigação independente", para perceberem "como aconteceu, porque aconteceu" e quais as recomendações a fazer "para garantir que não volte a acontecer".

Segurança Nacional dos Estados Unidos
Serviços de segurança norte-americanos assumem falha no atentado contra Donald TrumpFoto: Gene J. Puskar/AP Photo/picture alliance

O Serviço Secreto norte-americano é o responsável pela segurança de Trump. A imprensa refere que os motivos do ataque são ainda desconhecidos. 

Quem era o suspeito?

Thomas Mathew C. foi identificado como suspeito do ataquecontra Donald Trump, durante o comício de sábado em Butler, na Pensilvânia. Terá disparado contra o ex-Presidente norte-americano a partir de um telhado perto do local.

De acordo com o FBI, Thomas Mathew C. é um jovem de 20 anos, natural do estado da Pensilvânia, registado como republicano nos cadernos eleitorais estatais. As eleições de novembro deste ano seriam as primeiras em que o jovem poderia votar.

Thomas C., que não tinha cadastro, terminou o ensino secundário em 2022, tendo recebido um prémio de 500 dólares da Iniciativa "National Math and Science".

A imprensa norte-americana refere que, quando tinha 17 anos, apesar de estar registado como eleitor republicano, terá doado 15 dólares ao Projeto "Progressive Turnout" através de uma plataforma de angariação de financiamento para o Partido Democrata, a família política do Presidente norte-americano Joe Biden.

Qual o impacto na campanha presidencial?

Cerca de 24 horas depois de ter sido atingido na orelha, Donald Trump desembarcou na cidade onde começa, esta segunda-feira (15.07), a Convenção Nacional Republicana, que o nomeará oficialmente candidato às eleições presidenciais de novembro.

Chegada do candidato Donald Trump a Milwaukee, em Wisconsin, que acolhe a Convenção Nacional Republicana
Chegada do candidato Donald Trump a Milwaukee, em Wisconsin, que acolhe a Convenção Nacional RepublicanaFoto: Dan Scavino Jr. via X/REUTERS

Vários observadores políticos consideram que Trump tudo fará para tirar vantagens políticas do atentado contra si, conforme sinalizaram os seus gestos, de punho direito erguido, quando foi levado para uma viatura após ter sido atingido na orelha.

O ex-Presidente dos Estados Unidos também já publicou na sua página digital uma fotografia registada no decurso da tentativa de assassinato e aproveitou para pedir mais doações para a sua campanha eleitoral de candidato à Casa Branca: "Sou Donald J. Trump. Não tenham receio! Sempre os amarei por me apoiarem. Unidade. Paz. Tornar os Estados Unidos de novo grandes!"

Trump é o favorito na maioria das sondagens face ao atual Presidente Joe Biden, apontado até agora como o candidato democrata à presidenciais, apesar de diversas figuras do seu partido defenderem a sua renúncia.

Apoiantes de Trump consideram que o atentado de sábado cria mais divisão entre os norte-americanos e dará mais força ao ex-Presidente dos Estados Unidos na 60ª eleição presidencial no país.

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