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Últimas notícias: Rússia cada vez mais isolada na ONU

18 de março de 2022

Moscou desiste de sua própria "resolução humanitária" após aliados abandonarem iniciativa e nações ocidentais apontarem "farsa" e "cinismo" por parte do Kremlin. Acompanhe as últimas notícias.

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USA I Ukraine-Konflikt - Vereinten Nationen
Foto: Seth Wenig/AP/picture alliance
  • Rússia desiste de sua própria "resolução humanitária" na ONU
  • Sobreviventes resgatados de teatro bombardeado em Mariupol
  • Rússia finge negociar enquanto intensifica ataques, diz ministro francês do Exterior
  • Ucrânia diz ter abatido 10 aviões e mísseis russos sobre Kiev
  • Zelenski pede que Alemanha derrube "muro que divide a Europa"
  • Prefeito de Mariupol classifica de genocídio bombardeio de teatro

Transmissão encerrada.

20:50 – OMS relata 43 ataques a hospitais na Ucrânia

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou ao Conselho de Segurança da ONU que sua agência confirmou 43 ataques a hospitais e centros de saúde na Ucrânia, que deixaram 12 mortos e 34 feridos.

Em videoconferência, Tedros disse que "a ruptura dos serviços e do abastecimento representa risco extremo para pessoas com doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, HIV e tuberculose, que estão entre as principais causas de mortes na Ucrânia".

Os deslocamentos e os acúmulos de pessoas gerados pela fuga de milhões de civis das regiões de conflito aumentam os riscos de doenças como covid-19, pneumonia, poliomielite e sarampo.

Além disso, segundo a OMS, mais de 35 mil pacientes de hospitais psiquiátricos e outras instituições enfrentam uma grave escassez de medicamentos, alimentos e outros recursos essenciais. (AP)

19:45 – Subsecretária da ONU para Assuntos Políticos pede investigação sobre mortes de civis

A subsecretária da ONU para Assuntos Políticos, Rosemary DiCarlo, pediu uma investigação rigorosa sobre as mortes de civis na Ucrânia.

Em pronunciamento ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira, DiCarlo citou dados das agências humanitárias da ONU que contabilizam 726 mortes (incluindo 52 crianças) e 1.174 feridos (63 crianças) desde o início da invasão russa ao país.

"O número verdadeiro é, provavelmente, muito maior", afirmou ao Conselho. "A maioria dessas mortes foi causada pelo uso de armas explosivas com grande área de impacto, em zonas residenciais. Centenas de edifícios residenciais foram danificados ou destruídos, assim como hospitais e escolas."

"A magnitude das mortes de civis e a destruição de infraestruturas civis na Ucrânia não pode ser negada. Isso exige uma investigação rígida e responsabilização", disse DiCarlo. (AP)

19:05 – Rússia desiste de sua própria "resolução humanitária" na ONU

Após fracassar em conseguir apoio de seus aliados mais próximos, diplomatas russos cancelaram a votação que eles mesmos haviam convocado para esta sexta-feira, sobre uma resolução humanitária para a guerra na Ucrânia elaborada por Moscou.

A Rússia não conseguiu assegurar a colaboração da China e da Índia, o que sugere que esses dois países não apoiariam o texto na votação. O embaixador russo, Vassily Nebenzia, confirmou a desistência russa durante uma reunião do Conselho nesta quinta-feira, após ficar claro que não haveria chance de aprovação, uma vez que as potências ocidentais certamente iriam vetar o texto. 

Com a resolução, Moscou tentava demonstrar que ainda tinha algum apoio no cenário mundial, após a decisão do Kremlin de invadir o país vizinho. O texto condenava os ataques a civis e pedia para que a população pudesse deixar as zonas de conflito.

As nações ocidentais deixaram claras sua descrença nas boas intenções expressadas por Moscou. "A Rússia, de maneira perversa, propôs uma resolução que, entre outras coisas, pede a proteção dos civis, incluindo mulheres e crianças", criticou a embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward. "Isso é um joguete, frente ao sofrimento humano extremo." 

A enviada americana, Linda Thomas-Greenfield, qualificou o texto como uma farsa, e disse que estava "fadado ao fracasso".

Embaixador russo no Conselho de Segurança da ONU, Vassily Nebenzia, reclama de "pressão" do Ocidente
Embaixador russo no Conselho de Segurança da ONU, Vassily Nebenzia, reclama de "pressão" do OcidenteFoto: Carlo Allegri/REUTERS

Nebenzia alegou ter havido uma forte pressão para que muitos países não apoiassem a resolução de Moscou. "Muitos colegas de muitas delegações nos contaram sobre uma pressão sem precedentes dos parceiros ocidentais, com braços torcidos, chantagens e ameaças", disse.

Após a reunião, Thomas-Greenfield rebateu seu colega e afirmou que "os únicos torcendo braços por aqui são os russos, porque é a única maneira de eles conseguirem que alguém os apoie".

A França e o México elaboraram em parceria uma resolução humanitária para a crise na Ucrânia que deverá ser votada pela Assembleia Geral da ONU, onde a Rússia não tem poder de veto, como é o caso nas votações do Conselho de Segurança.

No início do mês, os Estados-membros da Assembleia aprovaram por ampla maioria – 141 votos a favor, cinco contra e 35 abstenções – uma resolução condenando a invasão russa da Ucrânia. (DPA, AP)

16:25 – Mais de 30 mil civis conseguiram deixar Mariupol

Desde a abertura dos corredores humanitários, mais de 30 mil civis conseguiram sair de Mariupol, informou o Conselho Municipal da cidade, que está sitiada. Segundo o órgão, mais de 350 mil pessoas ainda permanecem no local, que vem sendo intensamente bombardeado pelas forças russas.

Um ataque a um teatro em Mariupol que funcionava como abrigo improvisado e acolhia centenas de cidadãos, na maioria, mulheres, crianças e idosos, gerou repúdio internacional. Até o momento, ainda não havia informações sobre o número de vítimas, mas, segundo relatos, mais de 130 pessoas já haviam sido resgatadas com vida. (Reuters)

14:50 – Rússia finge negociar enquanto intensifica ataques, diz ministro francês do Exterior

O ministro do Exterior da França, Jean-Yves Le Drian, acusou a Rússia de fingir que negocia com a Ucrânia, enquanto emprega no país vizinho a mesma estratégia brutal utilizada em outras partes do mundo. 

"Infelizmente, observamos a mesma lógica russa: fazer exigências máximas, como querer a rendição da Ucrânia, enquanto intensifica sua guerra de cerco", afirmou Le Drian ao jornal Le Parisien. 

"Assim como em Grozny (Chechênia) e em Aleppo (Síria), há três elementos característicos: o bombardeio indiscriminado, os chamados 'corredores humanitários' criados para permitir que acuse o outro lado de não respeitá-los, e as conversações sem outro objetivo que não seja fingir que estão negociando", observou.

Segundo Le Drian, a Ucrânia, por sua vez, "se envolve nas conversas de modo responsável e com a mente aberta".

O gabinete do presidente Volodimir Zelenski rejeitou a proposta russa de a Ucrânia se tornar um país neutro, como a Suécia ou a Áustria, afirmando que precisaria de fortes garantias de segurança antes de aceitar qualquer coisa nesse sentido.

Le Drian disse ainda que a ajuda europeia à Ucrânia, que inclui a entrega de armamentos ao país, não será impedida pelas ameaças de Vladimir Putin de atacar os comboios, ou de lançar mão de suas tropas nucleares. 

"O agravamento retórico em termos nucleares é um hábito do presidente Putin", disse o ministro. "Por enquanto, há um tema: urgente cessar-fogo, cessar-fogo, cessar-fogo, o que a Rússia recusa, por enquanto."

"As sanções serão intensificadas até que Putin se dê conta de que o preço do prolongamento do conflito será tão alto que é preferível um cessar-fogo, e inicie conversas com o presidente Zelenski", concluiu Le Drian. (AFP)

14:10  – Bombardeio a escola deixa 21 mortos na região de Kharkiv

Um ataque de mísseis deixou 21 mortos e 25 feridos na cidade ucraniana de Merefa, na região de Kharkiv, segundo informações de promotores públicos locais.

O bombardeio destruiu uma escola e um centro comunitário, informou o prefeito da cidade de 21,5 mil habitantes. Entre os feridos, dez estariam em estado grave.

A região de Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, vem sendo alvo de fortes bombardeios, enquanto as tropas russas não conseguem superar a resistência das forças locais, em sua tentativa de tomar a cidade. (AP, DPA)

13:16 - Agência europeia suspende missão a Marte com a Rússia 

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) anunciou que suspendeu indefinidamente uma missão conjunta com a russa Roscosmos, chamada ExoMars, que visava pousar um rover em Marte. O lançamento era planejado para setembro.

"Lamentamos profundamente as baixas humanas e as trágicas consequências da agressão à Ucrânia. Embora reconheça o impacto na exploração científica do espaço, a ESA está totalmente alinhada com as sanções impostas à Rússia por seus Estados membros", informou a ESA, em um comunicado.

O chefe dos Roscosmos Dmitry Rogozin disse que o anúncio da ESA é uma "vergonha".

"Esta é uma (decisão) muito amarga para todos os entusiastas do espaço", escreveu Rogozin no Telegram. Ele acrescentou que a Rússia "conduzirá esta expedição de pesquisa por conta própria".

A missão do rover ExoMars já havia sido adiada de 2020 devido à pandemia de covid. Ela seria lançada por um foguete russo Proton-M em Baikonur, no Cazaquistão. (DW, ots)

Ilustração mostra o rover Exomars, que deveria ser enviado a Marte
Rover deveria ser lançado em setembro. Projeto foi suspenso por causa da invasão russa da UcrâniaFoto: ESA/Weber

12:55 - Presidente turco convida Putin a conversar com Zelenski

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, teria oferecido a Vladimir Putin receber o presidente russo e o chefe de governo ucraniano, Volodimir Zelenski, para conversas, segundo informou o gabinete de Erdogan.

A oferta teria sido feita a Putin durante um telefonema entre os dois líderes.

Segundo um comunicado do governo turco, Erdogan disse a Putin que um acordo sobre certas questões poderia exigir uma reunião entre os dois líderes.

Erdogan também disse a Putin que um cessar-fogo duradouro poderia levar a uma solução de longo prazo, conforme a nota.

Tanto Kiev quanto Moscou expressaram abertura para que a Turquia medie as negociações e ofereça garantias de segurança para um possível acordo de paz. (DW)

12:35 - HRW pede que Ucrânia não exponha prisioneiros de guerra

A organização humanitária Human Rights Watch (HRW) pediu à Ucrânia que pare de mostrar nas redes sociais os prisioneiros de guerra russos, afirmando que isso viola as convenções de Genebra sobre o direito internacional humanitário.

"As autoridades ucranianas têm de parar de divulgar vídeos de soldados russos feitos prisioneiros nas redes sociais e em vídeos enviados por mensagens para os expor publicamente, especialmente aqueles que são humilhados ou ameaçados", defendeu a organização, em comunicado.

O apelo ocorre depois que as autoridades ucranianas criaram um canal no Telegram em que postam fotos e vídeos de russos que aparentemente foram mortos ou feitos prisioneiros. Prisioneiros russos também foram mostrados em vídeos criticando seu próprio país.

A instrumentalização dos prisioneiros russos também foi denunciada pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que lembrou que os inimigos capturados devem ser tratados com "dignidade".

"A obrigação de proteger os prisioneiros de guerra da curiosidade pública e preservá-los de intimidações ou humilhações faz parte das condições requeridas para garantir um tratamento humano e proteger as suas famílias", explicou a consultora jurídica da HRW, Aisling Reidy. (AFP, DPA)

12:00 - Sobreviventes resgatados de teatro bombardeado em Mariupol

Equipes de resgate começaram nesta quinta-feira (17/03) a retirar alguns sobreviventes dos destroços do teatro bombardeado na cidade portuária ucraniana de Mariupol, de acordo com Pyotr Andryushchenko, um assessor do prefeito da cidade, citado pelo jornal The New York Times.

O edifício, usado como refúgio por centenas de pessoas, foi atingido um dia antes por um ataque atribuído pelas autoridades ucranianas às forças russas.

De acordo com Andryushchenko, em torno de mil pessoas usavam o edifício como refúgio nos últimos dias.

Segundo uma parlamentar ucraniana, cerca de 130 civis foram resgatados do prédio. "Boas notícias que precisamos com tanta urgência. O abrigo antiaéreo sob o teatro de Mariupol resistiu a isso. Cerca de 130 pessoas já foram salvas", escreve Olga Stefanishyna no Facebook.

"É um milagre", diz ela, descrevendo como as equipes de resgate estão removendo escombros para libertar outros sobreviventes.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, condenou o ataque, afirmando que um avião russo havia “propositalmente lançado uma enorme bomba” no teatro. “Nossos corações estão partidos pelo que a Rússia está fazendo com nosso povo, com nossa Mariupol”, disse.

O New York Times e a emissora CNN reportam que imagens de satélite mostram que a palavra “crianças” havia sido escrita em russo em grandes letras brancas nas áreas diante e atrás do teatro.

(DPA, ots)

Foto de satélite mostra a palavra “crianças” em russo, em grandes letras, no chão, diante e atrás do prédio do teatro
Foto de satélite mostra a palavra “crianças” em russo, em grandes letras, no chão, diante e atrás do prédio do teatroFoto: Maxar Technologies/AP/picture alliance

10:59 - Tribunal russo estende prisão de jogadora americana de basquete

Um tribunal russo estendeu a prisão da jogadora de basquete americana Brittney Griner por pelo menos mais dois meses, segundo a agência de notícias estatal russa Tass.

A Tass cita o tribunal de Khimkinsky, da região de Moscou, que diz: "A corte deferiu o pedido dos investigadores e prorrogou o período de detenção da cidadã americana Griner até 19 de maio."

Griner, duas vezes campeã olímpica, foi detida no mês passado pelas autoridades alfandegárias russas, que alegam ter descoberto óleo de haxixe na bagagem da atleta, durante revista num aeroporto perto de Moscou.

Ela pode ser condenada a até 10 anos de prisão se for considerada culpada de entrar na Rússia portando drogas. (ots)

09:18 - Ucrânia diz ter abatido 10 aviões e mísseis russos sobre Kiev

As defesas aéreas ucranianas afirmam ter abatido 10 aviões e mísseis de cruzeiro da Rússia na madrugada desta quinta-feira sobre Kiev, evitando uma tragédia.

No entanto, os restos de um míssil atingiram um prédio de apartamentos de 16 andares na capital ucraniana e mataram pelo menos uma pessoa. Outras três ficaram feridas.

De acordo com o jornal americano The New York Times, embora o míssil tenha sido destruído, fragmentos dele atravessaram dois apartamentos, causando as vítimas. (ots)

08:25 - Autoridades ucranianas afirmam que piscina que abrigava grávidas e crianças foi atacada

Além do ataque ao teatro em Mariupol, outro local onde civis estavam abrigados foi bombardeado pela Rússia, segundo autoridades ucranianas.

A agência Unian informou, citando como fonte a administração militar da região de Donetsk, que uma piscina onde grávidas e mulheres com crianças se abrigavam foi destruída por tropas russas.

Várias pessoas teriam sido soterradas. Ainda não há informações oficiais sobre o número de vítimas. 

A informação não pôde ser verificada pela DW de maneira independente. (ARD)

08:15 - Mais de 50 teriam morrido em Tchernihiv em 24 horas

Ataques à cidade de Tchernihiv, no norte da Ucrânia, deixaram mais de 50 mortos em apenas um dia, segundo autoridades locais.

"Somente nas últimas 24 horas, 53 corpos de nossos cidadãos, que foram assassinados pelo agressor russo, chegaram ao necrotério da cidade", afirmou o chefe da administração militar da região, Viacheslav Chaus, via Telegram.

"O inimigo está expondo a cidade à artilharia sistêmica e os ataques aéreos, destruindo a infraestrutura civil de Tchernihiv", afirmou.

Apesar dos contínuos bombardeios, equipes de eletricistas e de outros trabalhadores dos serviços públicos trabalham constantemente na cidade, aponta o relato do dirigente regional.

O objetivo é restaurar o fornecimento de energia elétrica, de gás e água. Chaus aconselhou que todas as pessoas na cidade que se refugiaram em lugares onde não há serviços básicos, busquem abrigo em centro militares ucranianos.

O líder local também recordou o ataque na cidade contra um grupo que formava fila para comprar pão, em que 13 pessoas morreram.

As informações não puderam ser verificadas pela DW de maneira independente. 

Próxima à fronteira com a Rússia e Belarus, Tchernihiv é alvo de ataques russos desde o início da guerra, há três semanas. A situação humanitária na cidade é considerada catastrófica. Vários prédios foram destruídos. (ARD, EFE)

Infográfico mostra avanço de tropas russas na Ucrânia

08:00 - Civis que se abrigavam em teatro bombardeado teriam sobrevivido

Após um bombardeio atingir um teatro na cidade sitiada de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, nesta quarta-feira, o bunker onde centenas de civis se abrigavam teria permanecido intacto, segundo autoridades locais.

"Após uma noite terrível de incerteza, na manhã do 22º dia finalmente boas notícias de Mariupol! O abrigo antiaéreo resistiu", escreveu o deputado Serhiy Taruta no Facebook. "Pessoas estão saindo de lá vivas", disse.

"O abrigo contra bombas resistiu. Agora os escombros estão sendo removidos. Ainda não sabemos o número de vítimas", afirmou Petro Andrushchenko, assessor da prefeitura de Mariupol, à agência de notícias Reuters. 

A informação não pôde ser verificada pela DW de maneira independente. Segundo o governo local, cerca de mil pessoas estariam abrigadas no teatro.

O deputado Dmytro Gurin, cujos pais estã isolados em Mariupol, confirmou à emissora britânica BBC que o bunker conseguiu resistir ao ataque. "Há alguns minutos, recebemos informação que aponta que o refúgio se manteve e que as pessoas que estavam ali sobreviveram", explicou.

O político disse não saber se há mortos ou feridos, mas afirmou que "a maioria sobreviveu e está bem". (ARD, Reuters, DW, EFE) 

Imagem mostra Teatro Regional de Donetsk, em Mariupol, destruído por bombardeio
Imagem mostra Teatro Regional de Donetsk, em Mariupol, destruído por bombardeioFoto: Civil-Military Administration/REUTERS

07:10 - Destroços de míssil derrubado atingem prédio residencial em Kiev

Ao menos uma pessoa morreu e três ficaram feridas após destroços de um míssil derrubado atingirem um prédio residencial na capital ucraniana, Kiev, em meio a ataques russos à cidade, afirmou o serviço de emergência ucraniano nesta quinta-feira. 

O prédio de 16 andares foi atingido por volta das 5h da manhã (hora local), disseram as autoridades, apontando que 30 pessoas haviam sido retiradas do local e um incêndio havia sido apagado.

Segundo jornalistas da agência de notícias AFP, a parte de cima do prédio foi parcialmente destruída, incluindo um apartamento no último andar. 

O incidente ocorreu apenas duas horas antes do fim de um toque de recolher imposto na noite de terça-feira em meio ao que o prefeito de Kiev chamou de um "momento perigoso".

Há vários dias, tropas russas que tentam cercar Kiev vêm lançando bombardeios contra a cidade nas primeiras horas da manhã. 

Quatro pessoas foram mortas em ataques a prédios residenciais em Kiev na terça, e outras duas na segunda. (AFP, Reuters)

06:50 - Zelenski pede que Alemanha derrube novo muro que divide a Europa

Três semanas após o início da invasão da Ucrânia pela Rússia, o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, falou na manhã desta quinta-feira (17/03) ao Bundestag, o Parlamento alemão, por videochamada, pedindo mais apoio.

Em referência à queda do Muro de Berlim, Zelenski apelou diretamente ao chanceler federal alemão, Olaf Scholz, para que destrua o que chamou de um novo muro entre a Europa "livre e não livre", erguido a partir da invasão da Ucrânia pela Rússia.

"Caro senhor chanceler federal Scholz, destrua esse muro. Dê à Alemanha o papel de liderança que ela merece. Apoie a liberdade, apoie a Ucrânia", disse.

Ele acusou a Alemanha de não ter feito o suficiente para evitar a guerra e ter contribuído para que fosse erguido esse novo muro na Europa, isolando a Ucrânia por meio de negócios com a Rússia e do gasoduto Nord Stream 2, construído para levar gás diretamente da Rússia para a Alemanha.

"É um muro entre liberdade e ausência de liberdade e ele fica maior a cada bomba que cai sobre a Ucrânia, com cada decisão que não é tomada", afirmou Zelenski.

A Alemanha mudou sua política de não enviar armas a regiões de conflito e mandou equipamentos militares à Ucrânia. No entanto, segue sustentando a posição da Otan de não enviar tropas ao país, o que significaria se envolver diretamente na guerra.

O discurso de Zelenski ao Bundestag é parte de uma série de apelos diretos a líderes mundiais. Antes, o presidente ucraniano já havia discursado ao Congresso dos Estados Unidos e ao Parlamento canadense. (Reuters, DPA, ARD)

Zelenski no Parlamento alemão
"Dê à Alemanha o papel de liderança que ela merece. Apoie a liberdade, apoie a Ucrânia", apelo Zelenski a ScholzFoto: Christian Spicker/IMAGO

06:00 - Prefeito de Mariupol classifica bombardeio de teatro de genocídio

A Ucrânia afirmou nesta quarta-feira (16/04) que a Rússia atacou e destruiu um teatro na cidade portuária sitiada de Mariupol, usado como refúgio por centenas de civis. Segundo o governo local, cerca de mil pessoas estariam abrigadas no teatro. A informação não pôde ser verificada pela DW de forma independente. Ainda não há informações sobre o número de vítimas.

O prefeito de Mariupol, Vadym Boychenko, classificou o ocorrido de genocídio. "A única palavra que descreve o que aconteceu hoje é genocídio", afirmou no Telegram.

O ministro do Exterior da Ucrânia, Dmytro Kuleba, classificou o ocorrido de "mais um crime de guerra horrendo" e disse que era impossível que os russos não soubessem que se tratava se um alvo civil.

Imagens de satélite mostraram que dos dois lados do teatro, no chão, foi escrita em letras grandes a palavra "crianças" em russo, na esperança de que fossem vistas por pilotos russos de artilharia. Vídeos na internet mostram o prédio completamente destruído.

A Rússia negou a autoria do crime e alegou que um regimento nacionalista ucraniano, o Batalhão Azov, estaria por trás do ataque. (DW, ARD)