Volkswagen pretende triplicar investimentos na Polônia
19 de outubro de 2001A Volkswagen planeja triplicar seu atual volume de investimentos na Polônia, nos próximos anos. Até 2004, o conglomerado pretende investir um bilhão de marcos (512 milhões de euros) em sua fábrica localizada em Poznan. Tal injeção financeira incluirá a Volkswagen na lista alemã dos maiores investidores diretos na Polônia.
Este país do Leste Europeu é um dos mais visados pelo empresariado alemão, que na última década investiu no território 15 bilhões de marcos (mais de 7 bilhões e meio de euros). A Volkswagen já mantém na Polônia uma moderna fábrica de motores, com capacidade para produzir meio milhão de peças por ano, além de uma montadora e uma oficina de pintura de veículos.
A ampliação de negócios no exterior representa bem mais do que a simples redução de custos com a mão-de-obra. É também a única chance de a empresa colocar no mercado polonês, após a abertura do mercado para o Leste Europeu, veículos com a marca Volkswagen a preços acessíveis.
Atualmente, dois veículos da Skoda e um furgão são montados em Poznan. Esta é apenas uma pequena fatia do bolo. A empresa destinará ainda 800 milhões de marcos (409 milhões de euros), principalmente para compra de máquinas e a ampliação da área de montagem.
O plano principal da Volkswagen é transformar a montadora polonesa na segunda maior fabricante de veículos utilitários, ao lado de Hanôver. Para isto, o carro passeio deixará de ser produzido no local.
A empresa alemã vê a ampliação de seus negócios para o Leste Europeu com otimismo e não acredita que os investimentos na Polônia possam refletir de forma negativa no mercado interno. Klaus Eberhardt, presidente da Volkswagen Polska aposta no trabalho conjunto. “Os materiais e componentes continuarão sendo fabricados na Alemanha. No futuro, desenvolveremos na Polônia um produto único, que não irá interferir na produção alemã.”
Conselho apóia: O Conselho dos Funcionários da Volkswagen em Hanôver não teme uma suposta concorrência entre a montadora alemã e a polonesa. “Se por qualquer motivo tivermos que enfrentar uma crise, continuaremos como agora, mantendo uma estreita relação com nossos colegas em Poznan. Em outras palavras, se for preciso reduzir a produção, ela será feita tanto aqui quanto lá, para que haja um equilíbrio”, afirmou Heinrich Söfje, membro do conselho.
Metas: Algumas diretrizes já foram definidas: a partir de 2005, a montadora de Poznan deverá produzir 150 mil veículos utilitários por ano. O número de funcionários será duplicado, superando 5 mil postos de trabalho.
O mais importante de tudo, segundo Eberhardt, é que os veículos produzidos na Polônia serão comercializados a preços módicos, resultado da combinação de dois elementos: mão-de-obra barata e trabalho cooperativo com a matriz alemã.