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Vitória na Geórgia fortalece maioria democrata no Senado

7 de dezembro de 2022

Com reeleição do senador Raphael Warnock, Partido Democrata soma 51 assentos na câmara alta do Congresso dos EUA, frente a 49 dos republicanos.

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Senador americano Raphael Warnock
O senador reeleito Raphael Warnock é pastor na igreja de Atlanta onde Martin Luther King Jr. atuouFoto: Win McNamee/Getty Images

O senador democrata Raphael Warnock foi reeleito nesta terça-feira (06/12) no estado americano da Geórgia, fortalecendo a apertada maioria do partido no Senado.

Warnock, pastor na igreja de Atlanta onde Martin Luther King Jr. atuou, derrotou o republicano Herschel Walker, apoiado pelo ex-presidente Donald Trump. Warnock e Walker, ambos afro-americanos, foram para o segundo turno após nenhum deles ter recebido mais de 50% nas eleições de meio mandato (midterms), em 8 de novembro.

O triunfo de Warnock não muda o balanço de poder no Senado, cujo controle já havia sido assegurado pelos democratas nas eleições de novembro.

A vitória, no entanto, fortalece o Partido Democrata na câmara alta do Congresso, que agora terá uma maioria de 51 assentos, frente a 49 da legenda rival. Também confere aos democratas maior controle sobre comitês e reduz o poder de qualquer senador do partido para individualmente minar iniciativas de Biden.

Na Câmara, os republicanos retomaram o controle no mês passado, mas com uma maioria bem mais apertada do que a esperada.

Campanha mais cara das midterms

Determinados a vencer a disputa na Geórgia, os democratas recorreram ao carismático ex-presidente Barack Obama, que fez campanha junto com Warnock em Atlanta na semana passada.

E 400 milhões de dólares foram gastos, fazendo da campanha na Geórgia a mais cara das midterms.

O presidente Joe Biden comemorou o resultado desta terça e o fortalecimento da maioria de seu partido no Senado. "Nesta noite eleitores da Geórgia se levantaram por nossa democracia", escreveu no Twitter.

Historicamente republicana, a Geórgia surpreendeu em 2020, quando seus eleitores preferiram Biden a Trump e enviaram dois democratas para o Senado.

lf (AFP, AP)