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Metas europeias no G20

26 de março de 2009

Posição da UE para o encontro do G20 está alinhavada. Países não querem mais pacotes conjunturais. Problema básico da cúpula é que apenas uma minoria de nações europeias estará em Londres.

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Ministros das Finanças do G20 durante preparativos para a cúpula em 14/03/2009Foto: AP

Pelo que disse o presidente francês, Nicolas Sarkozy, no último encontro de cúpula da União Europeia (UE) em Bruxelas, dia 20 de março, os 27 países do bloco marcham juntos em direção ao encontro do G20 em Londres no dia 2 de abril. "Há consenso sobre os paraísos fiscais e uma lista negra, sobre fundos de hedge, salários de executivos, regras limpas para balanços bancários e sobre a necessidade do controle."

Mesmo assim, muitos detalhes de cada um destes pontos continuam controversos na União Europeia e precisam, naturalmente, ser ajustados em Londres com os demais participantes do encontro.

Um exemplo neste sentido são os paraísos fiscais. A exigência do ministro alemão das Finanças, Peer Steinbrück, de maior cooperação na luta contra a sonegação fiscal, provocou enérgicas reações, não só da Suíça, mas também em países da UE, como Luxemburgo e Áustria.

O resultado preliminar deste debate foi que nenhum país da UE deverá ser incluído na chamada "lista negra" de países não cooperativos. Repetidamente, em meio ao combate à crise, levanta-se a questão das prioridades a serem estabelecidas: controle dos mercados financeiros, estímulo ao consumo ou salvamento de postos de trabalho?

"Protecionismo é política do derrotismo"

EU Gipfel in Brüssel Merkel Sarkozy Barroso
Sarkozy com Barroso (d) e Angela Merkel na cúpula da UE em BruxelasFoto: AP

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, acha que todos os aspectos devem ser vistos numa perspectiva de conjunto: "Mercados financeiros, economia, empregos, isso não pode ser separado. Não podemos colocar questões econômicas contra questões sociais ou vice-versa. Temos que agir em todos os setores".

O anfitrião do G20 e primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, teme o perigo de que muitos países, também na Europa, reajam de forma errada à crise. "Sei que alguns estão tentados a enfrentar esta insegurança com retração, mas posso lhes dizer: se aprendemos alguma coisa da história, então é que o protecionismo é uma política do derrotismo, da retirada e do medo, e no final ele não protege ninguém", advertiu Brown diante do Parlamento Europeu.

"Não" a novos pacotes

Apesar de toda a disposição na busca por consensos, em um ponto importante a União Europeia não deverá ceder: mais programas conjunturais do Estado, como reivindica Washington, são rejeitados pela maioria dos governos do bloco. Alguns países já estão agora com a água pelo pescoço. Já na última cúpula, o premiê sueco, Fredrik Reinfeldt, advertira sobre as consequências dos gastos excessivos.

"O problema é que chegamos ao ponto em que a Europa fez tudo o que podia. E também chegamos ao ponto em que várias economias europeias enfrentam enormes déficits públicos, o que por sua vez cria novos problemas. Os juros e os impostos sobem para compensar estes déficits", acentuou Reinfeldt.

Do ponto de vista europeu, um problema básico do encontro do G20 é que apenas uma minoria de nações europeias estará em Londres. As demais terão de se fazer representar. A questão é: quanto todos esses pequenos países se sentirão representados por tão poucos países grandes.

Autor: Christoph Hasselbach
Revisão: Augusto Valente

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