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Um passeio à Roma antiga

rw3 de julho de 2004

Os romanos deixaram muitos vestígios dos 400 anos em que ocuparam o que hoje é território alemão. A herança deixada por eles pode ser vista na rota românica, entre Xanten e Detmold, no extremo oeste do país.

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Xanten no tempo dos romanosFoto: presse

Xanten, no extremo oeste alemão, é uma antiga cidade romana repleta de ruínas arqueológicas. Por mais de 2 mil anos, a charmosa cidade do Baixo Reno conquista jovens e adultos. Tudo começou quando os romanos construíram a Colônia Ulpia Trajana, um dos seus maiores povoados da Baixa Germânia. Atualmente, Xanten mistura o estilo cosmopolita em suas ruas medievais à volta de sua Catedral.

Archäologischer Park Xanten
Portal romano no parque arqueológico de XantenFoto: xanten.de

Às portas desta cidade, abandonada definitivamente pela população romana no século IV, existe uma sepultura cultuada já desde a Idade Média. Trata-se, segundo a lenda, da sepultura do mártir romano Victor. A busca sistemática por remanescentes romanos deu-se a partir do século 16, pois cada vez que os agricultores preparavam suas terras, encontravam novos sítios arqueológicos.

Hoje, neste museu a céu aberto, pode-se acompanhar passo a passo o dia-a-dia dos romanos de dois mil anos atrás.

Sistema inteligente de canalização e esgoto

A Colônia Ulpia Trajana foi fundada pelo imperador Trajanus no ano 100 d.C. Ali moravam cerca de 10 mil pessoas, em grande parte comerciantes, artesãos, artistas e funcionários públicos, a maioria acompanhada de suas famílias. Apesar da distância em relação à sede do império, gozavam uma vida luxuosa como na velha Roma.

Um inteligente sistema de canalização garantia o abastecimento com água potável e a eliminação do esgoto. Afinal, já naqueles tempos, higiene e limpeza eram primordiais para os romanos.

A colônia romana teve seu fim em 450, quando os francos conquistaram a Baixa Germânia.

Parque arqueológico de Xanten

Em 1977, foi inaugurado o Parque Arqueológico da cidade, exatamente onde o imperador Trajano (53 a 117 d.C.) havia fundado a terceira maior cidade romana ao norte da Itália, depois de Colônia e Trier. Na área de 73 hectares de extensão, o turista tem oportunidade de passear pelas mesmas trilhas arenosas de quase dois mil anos atrás.

As principais atrações para os visitantes, contudo, são o anfiteatro parcialmente reconstruído, a cantina, com receitas dos pratos servidos naqueles tempos, o suntuoso templo no porto e a muralha da cidade.

Nas últimas décadas, vem crescendo a importância do parque como modelo para restaurações e reconstruções fiéis de casas, muralhas e templos na Europa. Durante a Idade Média, os saqueadores haviam deixado pouquíssimos vestígios dessa metrópole romana ao norte dos Alpes, sobre a qual nunca foi edificada outra cidade.

Archäologischer Park Xanten, Innenraum
Dependências internas do parque arqueológico de XantenFoto: xanten.de

Foi preciso que os pesquisadores e reconstrutores desenvolvessem novos métodos de trabalho para trazer o passado à tona. Um exemplo deste esforço bem-sucedido é a extraordinária área das termas, cujos alicerces estão expostos sob uma construção de vidro e aço, que imita de forma perfeita as dimensões gigantescas da antiga área balneária, suas cúpulas, abóbadas e telhados.

Interessantes também, tanto para crianças como para adultos, são as mesas de madeira, com jogos de tabuleiro romanos. Mas a vida dos romanos antigos não era só descansar nas termas, ver gladiadores na arena, comer e jogar. Outros detalhes da vida cotidiana também podem ser vistas em Xanten. Por exemplo, o sistema de canalização dos romanos, com a sua cloaca, que está em desuso desde que os romanos deixaram a cidade.