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Ucrânia exalta papel do Brasil em visita de Celso Amorim

11 de maio de 2023

Assessor especial da Presidência se reuniu com Volodimir Zelenski em Kiev. "Brasil pode desempenhar um papel importante para cessar a agressão russa", afirmou vice-chanceler ucraniano.

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Celso Amorim
O ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso AmorimFoto: Adriano Machado/REUTERS

O ex-chanceler e assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Celso Amorim, reuniu-se em Kiev nesta quarta-feira (10/05) com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, membros de seu gabinete e com o vice-ministro do Exterior da Ucrânia, Andriy Melnyk, que representou a pasta na ausência do chanceler Dmitro Kuleba, que se encontra fora do país.

Amorim afirmou que a visita foi "muito tranquila", de acordo com o jornal Folha de S. Paulo. "O diálogo foi positivo, de criação de confiança, visando a explicar nossos objetivos para a paz", acrescentou, sem dar mais detalhes sobre o que foi conversado, informando que mais detalhes sobre a reunião devem ser divulgados em breve, de forma oficial, pelo governo.

Apesar de a reunião ter sido a portas fechadas, Melnyk, que também é representante ucraniano para as Américas, ressaltou, em publicação nas redes sociais, que "o Brasil pode desempenhar um papel importante para cessar a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa". Ele também citou o interesse em revigorar uma parceria estratégica selada em 2009, fechando o texto com um agradecimento em português: "Obrigado".

De acordo com o governo brasileiro, o objetivo do encontro era que o ex-chanceler brasileiro ouvisse de representantes ucranianos quais são as principais exigências para poder dar início a negociações de paz que possam encerrar o conflito com a Rússia, que começou em fevereiro de 2022.

Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil "está fazendo um esforço muito grande" para constituir um grupo de países, entre eles China e Índia, para negociar acordo de paz.

"Acho que a hora é de diplomacia, não é hora de guerra. Todo mundo sabe que o Brasil condenou a invasão territorial da Ucrânia. Mas, ao mesmo tempo, a continuidade da guerra só vai levar à morte", disse Lula nesta terça-feira, após encontro com o primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, em Brasília.

Rússia

Celso Amorim esteve em Moscou, capital da Rússia, no início de abril, para uma conversa com o presidente Vladimir Putin. Depois da viagem do presidente Lula à China, na semana seguinte, o ministro do Exterior russo, Sergei Lavrov, visitou o Brasil 

"Espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelenski. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra", afirmou o presidente brasileiro na terça-feira.

md (EBC, Lusa, ots)