Télécom rompe cooperação com MobilCom
12 de junho de 2002Nesta terça-feira (11), a telefônica francesa anunciara que pretende encerrar o contrato de cooperação entre as duas, pois a alemã MobilCom e seu presidente, Gerhard Schmid, haveriam violado acertos comuns.
No final de julho, vence um crédito de 4,7 bilhões de euros, que a MobilCom só poderá amortizar com ajuda da Télécom. O diretor de finanças desta última, Jean-Louis Vinciguerra, declarou que continuará dando apoio financeiro à MobilCom, enquanto continuam as conversações com os bancos credores. Entretanto, caso não se chegue rapidamente a uma solução, está claro que a MobilCom terá que declarar falência.
Vinciguerra acrescentou que, com a rescisão do contrato, deixa de existir para Schmid a opção de vender seus 40% das ações da MobilCom ao gigante francês das telecomunicações.
Rescisão carece de base –
A atitude da empresa alemã é conciliatória. Um porta-voz confirmou que, "ainda na segunda-feira, entraram 30 milhões de euros na conta da MobilCom, para a implementação do UMTS (sistema de banda larga universal mobile telecommunications system) em Paris". O anúncio do rompimento em nada haveria alterado o trabalho prático.Referindo-se expressamente ao presidente Gerhard Schmid, o porta-voz fez questão de acrescentar: "Todos os interessados mantêm-se em contato." A MobilCom refuta a eminência de uma insolvência e nega existirem "bases legais ou fatuais" para o rompimento da cooperação com a Télécom. Ela planeja para breve uma reunião de seu conselho interno.
A guerra da banda larga –
A briga entre as duas grandes da telecomunicação européia já se arrasta há meses. No final de março, Schmid anunciara sua renúncia para breve. Segundo observadores, o pomo da discórdia seria o ritmo da implementação do padrão UMTS:enquanto Schmid pressiona para que esta se realize o mais rápido possível, os franceses, como financiadores, dão preferência a um andamento mais moderado.
A MobilCom comprou uma das seis licenças para o UMTS na Alemanha em agosto de 2000, graças ao apoio financeiro da Télécom. Esta detém 28,5% das ações da empresa alemã, e está seriamente endividada.