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Turquia pede mais 3 bilhões de euros à UE

7 de março de 2016

Segundo presidente do Parlamento Europeu, turcos querem o dobro do valor acertado em novembro para ajudar a frear o fluxo de migrantes rumo à União Europeia e, de acordo com diplomatas, também oferecem mais ajuda.

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Davutoglu chega a Bruxelas, onde se reúne com representantes da UEFoto: picture-alliance/dpa/S. Lecocq

A Turquia solicitou mais 3 bilhões de euros à União Europeia (UE) até 2018, além dos 3 bilhões já prometidos em novembro, em troca de seu apoio para frear a chegada de refugiados à Europa, afirmou nesta segunda-feira (07/03) o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, em Bruxelas.

Confira as últimas notícias da cúpula entre a União Europeia e a Turquia

Em novembro, a União Europeia já prometera 3 bilhões de euros para a Turquia. O dinheiro é usado para o atendimento dos refugiados sírios que estão alojados em acampamentos na Turquia, perto da fronteira com a Síria. O novo valor teria a mesma finalidade, segundo o governo em Ancara. Estimativas do governo turco afirmam que há 2,7 milhões de refugiados no país.

Segundo um esboço de resolução, a União Europeia concederia mais 3 bilhões de euros à Turquia. Além disso, cidadãos turcos poderiam entrar na União Europeia sem visto. Em troca, a Turquia se compromete a acolher todos os refugiados que chegarem à Grécia e não obtiverem asilo. "A Turquia está oferecendo mais e exigindo mais", disse um diplomata europeu.

Refugiados improvisam acampamento para entrar na Europa

Os turcos também pedem a aceleração das negociações para o ingresso da Turquia na União Europeia. O primeiro-ministro Ahmed Davutoglu afirmou que seu país está disposto a readmitir todos os imigrantes que não vêm da Síria e todos os que foram interceptados em suas águas territoriais, além de adotar medidas enérgicas contra os traficantes de pessoas, disseram diplomatas.

O ministro das Finanças da Áustria, Hans Jörg Schelling, declarou às margens da cúpula em Bruxelas que não está disposto a disponibilizar mais dinheiro se não for considerada uma compensação aos países que acolheram o maior número de refugiados, como Alemanha, Suécia e Áustria.

AS/dpa/efe/rtr