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Trump revela contatos entre EUA e Coreia do Norte

18 de abril de 2018

Sem mencionar detalhes de conversas, presidente americano não confirma se falou pessoalmente com Kim Jong-un. Líderes devem se encontrar pela primeira vez em maio ou junho.

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Donald Trump
Trump disse também que as duas Coreias têm sua "bênção" para alcançar um acordoFoto: Reuters/K. Lamarque

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou nesta terça-feira (17/04) que seu governo teve contatos diretos e "em níveis extremamente altos" com o regime do líder norte-coreano Kim Jong-un, com quem ele deve reunir-se em maio ou junho.

"Começamos a falar com a Coreia do Norte diretamente, em níveis extremamente altos", afirmou Trump ao lado do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, com quem se reuniu no seu clube privado de Mar-a-Lago, na Flórida.

Trump não respondeu a perguntas se conversou pessoalmente com Kim e também não deu detalhes sobre os envolvidos nas conversas com o regime norte-coreano. Os dois líderes devem protagonizar a primeira reunião na história dos EUA e da Coreia do Norte em maio ou junho, segundo autoridades americanas.

Leia também: O que está em jogo num encontro entre Trump e Kim?

O presidente americano disse que se reunirá com Kim "no início de junho ou antes disso". Ele, no entanto, destacou que o encontro pode não ocorrer, caso "as coisas não corram bem". Trump descartou ainda que a reunião possa acontecer em território americano.

Donald Trump e Shinzo Abe
Trump fez anúncio ao lado do primeiro-ministro do Japão, Shinzo AbeFoto: Reuters/K. Lamarque

O local da reunião entre os dois líderes ainda não foi determinado, embora seja possível que ela ocorra na militarizada fronteira entre as duas Coreias, já que esse será o cenário do encontro do próximo dia 27 de abril entre Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

"Existe uma grande oportunidade para resolver um problema mundial", destacou Trump em referência à sua futura reunião com Kim.

Trump afirmou também que as duas Coreias têm sua "bênção" para alcançar um acordo e pôr fim à guerra que travaram entre 1950 e 1953, e que terminou com um armistício nunca substituído por um tratado de paz definitivo.

Elogios a Trump

Após a reunião, Abe felicitou Trump pelo diálogo com a Coreia do Norte e garantiu que "a postura" e "a convicção inquebrantável" do presidente americano provocaram uma "mudança importante" no comportamento de Pyongyang.

"Desde os Jogos Olímpicos de Inverno de PyeongChang, na Coreia do Sul, observamos uma mudança importante em relação ao comportamento da Coreia do Norte. E o cenário desta mudança é a convicção inquebrantável de Trump, assim como a determinação que demonstrou ao abordar o tema da Coreia do Norte", elogiou Abe.

A atual aproximação protagonizada inicialmente pelas duas Coreias começou, precisamente, durante os Jogos Olímpicos de Inverno. Por enquanto, Coreia do Sul e China, aliado histórico da Coreia do Norte, assumiram o protagonismo prévio nas cúpulas previstas com Pyongyang, o que deixou Tóquio em segundo plano, onde o governo de Abe sempre se mostrou cético a respeito do diálogo com o regime norte-coreano.

Por isso, durante seus encontros com Trump, Abe busca garantias de que os Estados Unidos levarão em conta a segurança do Japão quando se reunir com Kim.

CN/efe/rtr/ap/afp

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