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Trump anuncia assinatura da 1ª fase de acordo com a China

31 de dezembro de 2019

Presidente americano diz que ato é previsto para 15 de janeiro na Casa Branca, com a presença de membros do governo de Pequim. Primeira etapa inclui retirada parcial de sanções e aumento de importações chinesas dos EUA.

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Trump e presidente chinês, Xi Jinping
Trump e o presidente chinês, Xi JinpingFoto: picture-alliance/dpa/A. Wong

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (31/12) que assinará em 15 de janeiro próximo a primeira fase do acordo comercial com a China, em ato que acontecerá na Casa Branca, com a presença de integrantes do governo do país asiático.

"Estarei assinando nossa muito grande e ampla primeira fase do acordo comercial com a China em 15 de janeiro. A cerimônia ocorrerá na Casa Branca. Representantes de alto escalão da China estarão presentes", escreveu o chefe de Estado, no Twitter.

Inicialmente, Trump chegou a indicar que o ato contaria com a presença do presidente da China, Xi Jinping, mas depois corrigiu a informação, informando que o encontro entre os dois será em outro momento.

"Em uma data posterior, estarei viajando para Pequim, onde começarão as conversações para a segunda fase", explicou.

Esta é a primeira vez que é anunciada uma data concreta para assinatura do acordo. Depois de 18 meses de guerra comercial e da consequente escalada de aumento de tarifas, Trump anunciou no meio deste mês o encerramento da primeira etapa das negociações com a China, que inclui a retirada parcial de impostos e o aumento das compras de produtos americanos pelo país asiático.

O vice-ministro de Comércio chinês, Wang Shouwen, confirmou que a primeira fase do pacto aborda temas como a transferência de tecnologia, a propriedade intelectual, a expansão do comércio e o estabelecimento de mecanismos para a resolução de disputas, entre outros.

Os governos dos dois países se comprometeram a retirar, por etapas, as taxações impostas por ambos durante o conflito.

Segundo informações do governo americano, a China se comprometeu a aumentar as importações dos EUA em cerca de 200 bilhões de dólares durante dois anos. Dos quais, pelo menos 40 bilhões de dólares anuais iriam para a agricultura americana – setor importante para Trump, considerando a eleição presidencial dos EUA em novembro.

Segundo especialistas, o acordo é mais um cessar-fogo do que uma solução para o conflito comercial entre as duas maiores economias do mundo. Agora, nenhuma nova taxa de importação será imposta, mas muitas das tarifas punitivas impostas desde 2018 continuarão sendo cobradas. Os observadores acreditam que será muito difícil concluir um segundo acordo, considerando as questões complexas ainda pendentes.

As tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo começaram no ano passado, gerando fortes consequências para a economia mundial, como a redução da previsão de crescimento global feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).

MD/efe/dpa/rtr/afp

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