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CatástrofeChina

Terremoto deixa ao menos 126 mortos no Tibete

7 de janeiro de 2025

Abalo de magnitude 7,1 ocorre a uma profundidade de 10 quilômetros. Tremores também são sentidos na Índia e no Nepal.

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Pessoas em meio a ruínas de casas em região montanhosa
Tremores derrubaram mais de mil casas no condado de Tingri, o mais atingidoFoto: AP/picture alliance

Ao menos 126 pessoas morreram e mais de 180 ficaram feridas depois que um forte terremoto atingiu nesta terça-feira (07/01) o condado de Tingri, na região autônoma do Tibete, no oeste da China. Os tremores foram sentidos também no Nepal e na Índia, segundo informou a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

O terremoto ocorreu às 9h05 (horário local), no condado de Tingri, na região de Shigatse, a uma profundidade de 10 quilômetros, de acordo com o Centro de Redes Sismológicas da China (CENC, na sigla em inglês).

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), que avalia sismos a nível mundial, comunicou que o terremoto teve magnitude 7,1 na escala de Richter. Segundo o CENC, a magnitude foi de 6,8.

O impacto foi sentido em toda a região de Shigatse, onde vivem 800 mil pessoas. A região é administrada pela cidade de Shigatse, a sede tradicional do Panchen Lama, uma das figuras mais importantes do budismo tibetano.

Segundo a televisão estatal CCTV, há algumas comunidades dentro de um raio de cinco quilômetros do epicentro, que está a 380 quilômetros de Lhasa, a capital do Tibete, e a cerca de 23 quilômetros de Shigatse, a segunda maior cidade da região.

No condado de Tingri, o mais atingido, mais de mil casas desabaram, de acordo com o jornal Nanfang Daily.

Segundo a Xinhua, cerca de 6.900 pessoas vivem num raio de 20 quilômetros do epicentro.

Xi pede "esforços exaustivos para salvar vidas"

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu "esforços exaustivos para salvar vidas e minimizar o número de vítimas", ao mesmo tempo em que reforçou a necessidade de prevenir desastres secundários e reassentar adequadamente os moradores afetados.

O líder chinês também enfatizou a urgência de reparar as infraestruturas danificadas e garantir que as necessidades básicas dos moradores sejam atendidas, detalhou a agência de notícias.

Após o terremoto, o Gabinete de Comando Antiterremoto e Assistência em Caso de Catástrofes do Conselho de Estado (Executivo chinês) e o Ministério de Gestão de Emergências ativaram uma resposta de emergência e enviaram um grupo de trabalho à área atingida para orientar os esforços de resgate.

De acordo com a emissora estatal CCTV, os bombeiros locais mobilizaram mais de 1.500 pessoas para procurar e resgatar sobreviventes.

O condado de Tingri, que tem uma densidade populacional de 4,2 pessoas por quilômetro quadrado, está situado no sopé da cordilheira do Himalaia e tem uma altitude média de 5 mil metros acima do nível do mar, de acordo com informações oficiais do governo local.

Segundo a previsão do tempo, as temperaturas no condado devem atingir nesta terça-feira um mínimo de 16 graus abaixo de zero e no máximo 3 graus Celsius.

Epicentro a 85 quilômetros do Everest

O epicentro do terremoto foi localizado a cerca de 85 quilômetros do Monte Everest, localizado na fronteira entre a China e o Nepal, que foi fechado ao público até novo aviso para garantir a segurança de visitantes e funcionários.

O terremoto foi sentido em partes do Nepal e em vários estados no norte da Índia, segundo informaram veículos da imprensa desses países, embora nenhuma morte ou dano tenha sido relatado em nenhum deles.

O Tibete e outras áreas do oeste da China são frequentemente palco de terremotos, devido à proximidade do ponto de atrito da placa tectônica asiática com a indiana, mas devido à baixa densidade populacional na área, os terremotos geralmente ocorrem em áreas escassamente povoadas.

Em dezembro de 2023, um terremoto de magnitude 6,2 deixou mais de 150 mortos na região vizinha de Qinghai e na província ocidental de Gansu.

md/as/ra (Efe, AFP, Reuters, Lusa, AP)