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Talibã estabelece condições para conversas de paz

24 de janeiro de 2016

Grupo radical islâmico faz exigências para participar de conversações para acabar com conflitos no Afeganistão. Entre eles está a remoção dos nomes de combatentes das listas negras do terrorismo internacional.

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Foto: picture-alliance/T. Koene

Os extremistas islâmicos talibãs do Afeganistão disseram neste domingo (24/01) que uma lista de pré-condições deve ser atendida para que o grupo radical participe formalmente das negociações de paz com vista a pôr um fim a 15 anos de conflitos no país asiático, após a invasão liderada pelos Estados Unidos em 2001.

As exigências incluem a libertação de presos políticos, a sua remoção das listas negras do terrorismo internacional e a abertura de um "escritório político" no Catar.

"Antes de quaisquer conversações oficiais, queremos que os nomes de nossos mujahideens [combatentes islâmicos] sejam removidos das listas negras dos EUA e das Nações Unidas, e que todas as recompensas por suas cabeças sejam canceladas", afirmou o porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, durante conferência no Catar.

"Também queremos que o escritório político em Doha seja reaberto", acrescentou o porta-voz.

Organizada pelas Conferências Pugwash sobre Ciência e Assuntos Mundiais, um grupo de gestão de crises vencedor do Prêmio Nobel da Paz, a reunião no Catar tem como objetivo instar as partes conflitantes a finalizar o conflito no Afeganistão. A conferência marca uma rara interação direta entre representantes dos insurgentes radicais islâmicos e parlamentares afegãos.

Processo de paz

Nesta segunda-feira, delegados do Afeganistão, Paquistão, China e EUA se encontram em Cabul para uma segunda reunião destinada a fortalecer o processo de paz.

O esforço para lançar formalmente esse processo vem em meio a uma violenta campanha iniciada pelos talibãs, que conseguiram avanços significativos na província de Helmand.

No início desta semana, os combatentes talibãs atacaram funcionários da emissora de notícias Tolo – parceira de mídia da Deutsche Welle no país – matando sete pessoas por meio de um ataque suicida de um homem-bomba, que investiu contra o carro onde se encontravam os funcionários.

CA/rtr/afp/ap/dw