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Sindicatos comemoram 30 anos de Lei de Co-gestão

30 de agosto de 2006

Legislação alemã que regula a participação dos trabalhadores nos conselhos fiscais das empresas é única na Europa, mas precisa ser modernizada.

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Michael Sommer, presidente da DGB, cumprimenta Angela Merkel no congresso realizado em BerlimFoto: AP

Em congresso realizado nesta quarta-feira (30/08), em Berlim, a Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB) comemorou os 30 anos da Lei de Co-gestão, que foi aprovada no Parlamento após acirrados debates em março de 1976.

Diferentemente de uma lei anterior, que regulava a co-participação dos trabalhadores nas empresas por meio de conselhos de fábricas, a legislação de 1976 estipulou os direitos dos representantes dos funcionários nos conselhos fiscais de grandes empresas. Em nenhum outro país da Europa a co-gestão é tão ampla como na Alemanha.

A lei de 1976 refere-se a empresas com mais de 2000 funcionários e estabelece a obrigatoriedade de eleger conselhos fiscais compostos meio a meio por representantes do capital e dos funcionários. Na Alemanha há atualmente 750 empresas com conselhos fiscais paritários.

A co-gestão nos atuais moldes é controversa. Uma comissão criada ainda pelo governo anterior e dirigida pelo democrata-cristão Kurt Biedenkopf foi encarregada de apresentar propostas para modernizar a legislação e torná-la mais adequada à Europa de hoje.

Enquanto os sindicatos temem um afrouxamento nas disposições da co-gestão, os empresários pleiteiam mais flexibilidade, alegando que as firmas alemãs se vêem prejudicadas no competitivo mercado internacional.

Angela Merkel bei der DGB wegen 30 Jahre Mitbestimmung
Merkel defende mudanças para poder preservar a leiFoto: AP

A chanceler federal Angela Merkel, que participou do congresso da DGB, instou ambas as partes a superarem as divergências, que ela considera "naturais".

Merkel defende a co-gestão, mas acentua ao mesmo tempo a necessidade de modernizar a atual legislação. "Só quem está disposto a mudanças é capaz de preservar o que é digno de ser preservado", disse a chefe de governo.