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Sede da Nasa receberá nome de engenheira afro-americana

25 de junho de 2020

Prédio da agência espacial americana em Washington vai homenagear Mary W. Jackson, primeira engenheira negra da Nasa, cuja história foi tema de filme em 2016.

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Mary W. Jackson em 1977
A engenheira Mary W. Jackson em 1977Foto: imago/ZUMA Press/NASA

A Nasa vai mudar o nome de sua sede em Washington, que passará a prestar homenagem à sua primeira engenheira afro-americana, Mary Jackson, anunciou nesta quarta-feira (24/06) o administrador da agência espacial dos Estados Unidos, Jim Bridenstine.

"Mary W. Jackson fez parte de um grupo de mulheres muito importantes, que ajudaram a Nasa a enviar com sucesso astronautas americanos ao espaço", disse Bridenstine em um comunicado.

Jackson iniciou a carreira em 1951 no Comitê Nacional para Aconselhamento sobre Aeronáutica (Naca, em inglês), o órgão que antecedeu a Nasa. À época, ela trabalhava num setor de computação de dados que operava de maneira segregada do restante da agência, por causa da legislação racista que então vigorava em vários estados americanos.

Em 1958, ela se tornou a primeira engenheira aeronáutica negra da Nasa. Autora de vários estudos, sobretudo acerca de voos supersônicos, ela morreu em 2005.

Bridenstine se comprometeu a seguir destacando os esforços das mulheres afro-americanas e todas as pessoas "que permitiram à Nasa escrever uma história de explorações exitosas".

Diante das pressões das ruas e das redes sociais, em um contexto de manifestações históricas, empresas e instituições têm feito uma reflexão sobre o local concedido à população negra na sociedade e sobre o racismo que a discrimina e que perpetua a desigualdade.

No ano passado, a Nasa já havia mudado o nome da rua que leva à sua sede em Washington, que passou a se chamar "Hidden Figures Way" (Caminho das figuras ocultas), em homenagem a três matemáticas negras (Mary Jackson, Katherine Johnson, Dorothy Vaughan) cujo trabalho foi contado no filme Estrelas além do tempo, de 2016.

JPS/rtr/afp

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