Rússia veta tribunal especial sobre tragédia do MH17
29 de julho de 2015A Rússia vetou nesta quarta-feira (29/07) uma resolução do Conselho de Segurança da ONU que determina a criação de um tribunal internacional específico para julgar os responsáveis pela tragédia do voo MH17, da Malaysia Airlines.
A resolução, redigida em conjunto por Holanda, Austrália, Bélgica, Malásia e Ucrânia, teve 11 votos favoráveis, entre os 15 países-membros do conselho. Angola, China e Venezuela se abstiveram.
A sessão do Conselho de Segurança começou com um minuto de silêncio em homenagem às vítimas – 298 pessoas estavam a bordo, a maioria holandeses.
O veto da Rússia já era esperado. Na semana passada, o país apresentou uma resolução alternativa para uma investigação internacional "completa, rigorosa, transparente e independente", sem mencionar a criação de um tribunal.
"A Rússia tem ignorado, de maneira insensível, o clamor público nas nações em luto", declarou a enbaixadora americana nas Nações Unidas, Samantha Power.
O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou que os resultados da votação "falam por si mesmos". "A Ucrânia não vai parar por aí. Os culpados têm de ser punidos. É o nosso dever com as vítimas e os familiares", escreveu na sua página no Facebook.
Países ocidentais e a Ucrânia suspeitam de que a aeronave foi derrubado por um míssel disparado por separatistas pró-russos. O governo ucraniano acusa a Rússia de fornecer o armamento aos rebeldes.
A tragédia ocorreu quando o Boeing da Malaysia Airlines cruzava o espaço aéreo ucraniano, no dia 17 de julho de 2014. O voo MH17 partiu de Amsterdam, na Holanda, com destino a Kuala Lumpur, a capital da Malásia.
KG/afp/ap/dpa