Rússia reivindica novos avanços em ofensiva
12 de maio de 2024A Rússia reivindicou neste domingo (12/05) a conquista de mais quatro localidades na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, em meio a uma nova ofensiva terrestre lançada pelas tropas invasoras russas na sexta-feira.
Neste domingo, o governador ucraniano de Kharkiv, Oleg Synegubov, declarou que "todas as áreas da fronteira norte estão sob fogo inimigo quase 24 horas por dia", afirmando que a "situação é difícil".
Synegubov informou ainda que um homem de 63 anos foi morto por fogo de artilharia na localidade de Glyboke e que outro de 38 anos foi ferido em Vovchansk, uma cidade fronteiriça que tinha uma população de cerca de 3 mil habitantes antes da atual ofensiva.
O Ministério da Defesa russo anunciou mais tarde a conquista de outros quatro vilarejos muito próximos da fronteira russa: Gatiche, Krasnoye, Morokhovets e Oleynikovo.
No sábado, a Rússia já havia anunciado a tomada de cinco localidades ucranianas em Kharkiv e uma na região de Donetsk, mais ao sul. Uma unidade das Forças Especiais da Guarda Nacional Ucraniana também anunciou no sábado à noite que as forças ucranianas tinham sido forçadas a abandonar algumas posições.
Desde sexta-feira, cerca de 1.500 pessoas foram retiradas de Vovchansk, alvo de 32 ataques de drones nas últimas 24 horas. O comandante em chefe das forças ucranianas, Oleksandr Syrsky, garantiu, por sua vez, que "as tentativas de romper as nossas defesas foram interrompidas", mas admitiu que a situação na região de Kharkiv era "complicada".
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, indicou na noite de sábado que as tropas do seu país lançaram contra-ataques às cidades da região.
"Alterar os planos ofensivos russos é agora a nossa principal tarefa", declarou ele, instando os países aliados a acelerar o envio de armas.
As autoridades de Kiev vinham alertando há semanas que Moscou poderia tentar atacar as regiões da fronteira no nordeste do país, aproveitando o momento em que a Ucrânia espera pela chegada da ajuda ocidental e sofre uma escassez de soldados.
jps/md (AFP, Lusa)