A gata Kesha foi um dos primeiros pets a tomar a vacina anticovid para animais que acabou de ser aprovada na Rússia. O imunizante oferece aos animais imunidade contra o vírus por pelo menos seis meses, dizem veterinários.
De acordo com especialistas, os animais também apresentam sintomas parecidos com os dos humanos com covid-19. "Animais podem mostrar sintomas da doença: problemas respiratórios, tosse ou perda de olfato. Essencialmente, os sintomas são iguais aos dos humanos, só que de uma forma muito mais leve", diz a veterinária Ekaterina Vorobyova.
Mas não são os sintomas que preocupam os especialistas em saúde: a Organização Mundial da Saúde alertou que os animais poderiam se tornar portadores e até transmitir o coronavirus para as pessoas. Em 2020, a Dinamarca abateu 17 milhões de visons após alguns serem infectados. A vacina russa Carnivac-Cov poderia evitar esses casos, dizem os desenvolvedores.
"A vacina foi desenvolvida como medida profilática. Algo voltado para o futuro, em caso de situações negativas, como uma mutação que possa ser transmitida entre diferentes tipos de animais. Não devemos esquecer que quaisquer medidas de prevenção para os animais também evitam que as pessoas adoeçam, porque cerca de 70% das doenças humanas vêm de animais", contou Yulia Melano, do Serviço Russo de Supervisão Veterinária.
As autoridades russas começaram os testes em outubro. Agora, elas dizem que a vacina está pronta para produção em massa. Os desenvolvedores da Carnivac-Cov dizem que há demanda de diversos países europeus, incluindo a Alemanha. A vacina é recomendada para animais mantidos em contato próximo, como nos zoológicos e fazendas de peles. Para especialistas, é improvável que animais domésticos, como os gatos e cães, representem num futuro próximo um risco para os seus donos.