Riesling, vinho alemão por excelência
O Riesling é o favorito entre os vinhos alemães. Produzido há séculos no país, é o principal vinho exportado pela Alemanha.
Graduações variadas
O Riesling pode ter graduações alcoólicas variadas. Desde delicadamente frutado, com cerca de 10% de álcool, passando por vinhos secos complexos, com até 14% de graduação alcoólica. As uvas colhidas mais tarde ou passificadas podem ter uma graduação de álcool de apenas 6%.
Vinho aromático
O sabor de um Riesling começa pelo nariz. Aliás, esta variedade de uva é uma das mais aromáticas. Ela se assemelha principalmente com nectarinas, damascos, maçãs e peras. Crucial para isso é a idade. À medida que o vinho amadurece, desaparecem os aromas de frutas e vêm à tona as notas minerais.
Origem desconhecida
"Ninguém sabe de onde o Riesling vem", diz o jornalista especializado Rudolf Knoll. Ao contrário da origem de muitas outras castas, a procedência do "rei do vinho alemão" não está esclarecida. Enquanto alguns dizem que ele foi trazido pelos romanos, outros garantem que ele surgiu na cidade de Worms, onde a uva foi citada em um documento de 1490.
Exportação para 130 países
Em 2016, a Alemanha exportou cerca de um milhão de hectolitros de vinho no valor de 288 milhões de euros para 130 países. Considerando que a casta Riesling é a mais importante, perfazendo 35% da área dedicada a uvas de vinho branco no país, este vinho também é o mais exportado, principalmente para os Estados Unidos e a Holanda.
"O Nome da Rosa"
O mosteiro Eberbach é uma propriedade que faz parte do grupo de vinícolas do estado de Hessen. Com uma área de 200 hectares, o grupo detém a maior área vinícola da Alemanha. Em 75% do espaço, é cultivado o Riesling. O mosteiro fundado em 1136 tem uma rica história. Ele serviu até de cenário para o filme "O Nome da Rosa", de 1986, com Sean Connery.
Colinas de videiras
A menor área vinícola – e ao mesmo tempo a mais ao norte da Alemanha – fica na Saxônia. Há 800 anos, crescem aqui, numa área de apenas 450 hectares, castas de vinhos brancos, especialmente Riesling. Aos vinhos desta região os conhecedores atestam caráter e acidez frutada.
Qualidade imperial
Desde o final do século 19, o Riesling vem ganhando cada vez mais importância nas cortes europeias, em detrimento do Bordeaux. Muitos cardápios daquela época mencionam vinhos Riesling da propriedade Dr. Weil, da região de Rheingau, cujos vinhos foram servidos na viagem inaugural do dirigível "Graf Zeppelin LZ 127" em 1928, e que ainda hoje constam do cardápio do hotel de luxo Adlon, em Berlim.
ABC Movement
Há cerca de dez anos, amantes do vinho nos EUA começaram a questionar seu vinho favorito, o Chardonnay, para eles excessivamente comercial. Isso resultou num movimento chamado "ABC" ("Anything But Chardonnay", ou "qualquer coisa, menos Chardonnay"). E quem saiu ganhando foi o Riesling. Um fato positivo para os produtores alemães, que plantam 50% da área mundial de Riesling.
Consumo na Alemanha
Há plantações de Riesling de norte a sul da Alemanha. Além de estar muito bem adaptado a todas as regiões vinícolas da Alemanha, o Riesling resiste a baixas temperaturas, de até -20 ºC. Segundo o Instituto Alemão do Vinho (DWI), o consumo alemão de vinho ao ano é de cerca de 20 litros per capita.
Riesling tinta
Este é um cacho da rara variedade tinta de Riesling, que teriam dado origem às atuais Riesling brancas. A família Allendorf, da região de Oestrich-Winkel, no estado de Hessen, é uma das poucas produtoras de vinho branco a partir desta uva.