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Recursos para o desenvolvimento

(ns)6 de maio de 2003

O Kreditanstalt für den Wiederaufbau (KfW), banco estatal que gere recursos da ajuda do desenvolvimento, reforçou suas atividades no ano passado e pretende intermediar créditos de 1,8 bilhão de euros em 2003.

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Dois veículos especiais para a China, financiados pelo banco alemão KfWFoto: DW

No primeiro trimestre, o Instituto de Créditos para Reconstrução (KfW – Kreditanstalt für den Wiederaufbau) aprovou a concessão de 300 milhões de euros para projetos em países em desenvolvimento, no marco da cooperação financeira alemã. A importância representa um aumento de 10% em relação ao mesmo período de 2002. O diretor Hans W. Reich conta com créditos no valor de 1,8 bilhão de euros em 2003, segundo informou a instituição estatal, sediada em Frankfurt. No ano passado, eles somaram 1,7 bilhão de euros.

O KfW fomenta atualmente mais de 1400 projetos e programas em 109 países, a pedido do governo alemão e com recursos provenientes do Ministério da Cooperação Econômica. Ele também se encarrega de financiar projetos de ajuda ao desenvolvimento a pedido de outras instâncias, como por exemplo, a União Européia. Muitas vezes, o banco complementa os recursos oficiais com créditos refinanciados no mercado alemão de capitais. Alguns financiamentos são a fundo perdido. E também fomenta investimentos privados de empresas alemãs, o que está a cargo de uma subsidiária com sede em Colônia.

Prioridade para o combate à pobreza

Thailändische Straßenkinder
Crianças de rua na TailândiaFoto: AP

O principal objetivo da cooperação financeira alemã é o combate à pobreza, o que contribui para a diminuição das tensões econômicas e sociais. Os projetos se encaixam na estratégia de desenvolvimento das entidades parceiras nos países em questão, sendo estreitamente coordenadas com a Sociedade Alemã de Cooperação Técnica (GTZ).

Como Reich expôs em Frankfurt, os riscos de guerra e terrorismo confirmam a necessidade de se combater a pobreza em todo o mundo. Projetos já realizados, quer na América Central, no sudeste da Europa, no Oriente Médio ou no Afeganistão demonstram que uma política desenvolvimentista voltada para o combate à pobreza pode dar novas perspectivas a um grande número de pessoas. A cooperação não ajudaria apenas a melhorar consideravelmente as condições de vida, como também contribuiria para garantir a paz.

Diante das dificuldades do governo alemão com o orçamento, por um lado, e da forte demanda de financiamento para projetos desenvolvimentistas, por outro, o Instituto de Créditos para Reconstrução introduziu um novo tipo de crédito. Concedido a condições semelhantes às do mercado de capitais, ele se destina a projetos rentáveis.

Recursos para a América Latina

A maior parte dos recursos concedidos em 2002 foi para países asiáticos (38%), o que se deve, principalmente, aos altos créditos para o Afeganistão. Um forte crescimento também registrou a região ao sul do Saara (25%). Já a América Latina teve um aumento de 3%, recebendo ao todo créditos no valor de 292 milhões de euros. Em compensação, diminuiu o montante para os países da Europa Central e Oriental, para o norte da África e o Oriente Médio.

Isolatoren
Usina elétricaFoto: AP

A cooperação financeira concentrou-se na infraestrutura econômica, principalmente nos setores de energia e transportes, bem como em abastecimento e tratamento de água, educação e saúde. Um setor novo foi o fomento ao sistema financeiro, isto é, bancos e caixas econômicas. Diminuíram os recursos para incentivar a agricultura e a silvicultura. Quase a metade dos programas estava relacionada ao combate à probreza, vindo, a seguir, medidas de proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

Renegociação e perdão para a Bolívia

A fim de facilitar o pagamento do serviço da dívida, o KfW negociou, a pedido de Berlim, com a Costa do Marfim, Gana, Indonésia, Jordânia, Iugoslávia e outros países, reescalonando dívidas no total de 3,7 bilhões de euros.

Além disso, a Bolívia foi o primeiro país a ter perdoadas suas dívidas, no montante de 335 milhões de euros. Também foram acertados contratos em que o banco alemão perdoou dívidas de 49 milhões de euros, recursos estes que os países em questão se comprometeram a investir em programas de combate à pobreza e de conservação ambiental.