1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Até 80 mil russos mortos e feridos na Ucrânia, estimam EUA

9 de agosto de 2022

Segundo Pentágono, de três a quatro mil veículos blindados russos também foram perdidos em menos de seis meses. Para Departamento de Defesa dos EUA, números são "notáveis", visto que Putin não atingiu seus objetivos.

https://p.dw.com/p/4FI8k
Foguete é lançado de um caminhão
EUA anunciaram novo pacote de 1 bilhão de dólares em ajuda militar à UcrâniaFoto: Evgeniy Maloletka/AP Photo/picture alliance

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos estima que até 80 mil russos tenham morrido ou sido feridos na guerra da Ucrânia, divulgou o Pentágono nesta segunda-feira (08/08).

"Os russos provavelmente tiveram de 70 mil a 80 mil vítimas em menos de seis meses, entre mortos e feridos", disse o subsecretário de Defesa para Política, Colin Kahl, destacando que o número é aproximado e pode ser "um pouco menor ou um pouco maior".

Segundo Kahl, as forças russas também perderam entre "três e quatro mil" veículos blindados. Para ele, as perdas são "notáveis", considerando que os russos "não alcançaram nenhum dos objetivos de Vladimir Putin no início da guerra".

"Fizeram alguns progressos no Leste, embora muito poucos nas últimas semanas", observou. "Mas isto teve um custo extraordinário para os militares russos, devido à qualidade dos militares ucranianos e à assistência internacional que receberam".

De acordo com Kahl, a desaceleração no uso de mísseis guiados de maior alcance e precisão pelas forças russas é um indicativo que seus suprimentos caíram, perto do que seria necessário para Moscou manter os estoques.

Kahl ponderou que o lado ucraniano também teve perdas significativas, mas não citou números. "Ambos os lados estão tendo baixas", admitiu. "Mas os ucranianos têm muitas vantagens, entre elas a vontade de lutar", acrescentou.

Kiev comunicou pelo menos 10 mil mortos e 30 mil feridos em suas tropas. Segundo uma fonte militar, que falou sob condição de anonimato, o Exército ucraniano, que era composto por 170 mil soldados na ativa e 100 mil reservistas no início da guerra, cresceu para entre 300 mil a 350 mil soldados.

Antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro, cerca de 150 mil a 200 mil soldados russos foram destacados para as fronteiras da Ucrânia, de acordo com estimativas ocidentais. 

Mais 1 bilhão de dólares em ajuda

Também nesta segunda-feira, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia - o maior até agora -, no valor de 1 bilhão de dólares (cerca de R$ 5,12 bilhões). Em comunicado, o chefe da diplomacia americana indicou que a assistência inclui armas, munições e outros tipos de equipamentos de defesa.

Com o valor anunciado nesta segunda, os Estados Unidos já destinaram 9 bilhões de dólares em ajuda em defesa para a Ucrânia desde a chegada do presidente Joe Biden ao poder, em janeiro deste ano.

Soldados ucranianos em treinamento
Graças ao preparo dos soldados e ao apoio de países ocidentais, Ucrânia está conseguindo conter ofensiva russaFoto: Vyacheslav Madiyevskyy/REUTERS

O anúncio sobre o envio de um novo e massivo carregamento de armas para as forças de Kiev surge num momento em que analistas indicam uma movimentação de tropas e equipamento das forças russas em direção a cidades portuárias do sul do país, com o objetivo de enfrentar uma anunciada contraofensiva ucraniana, que ainda não se concretizou. 

O novo material incluiu lança-foguetes múltiplos High Mobility Artillery Rocket Systems (Himars), milhares de munições de artilharia, sistemas de morteiros, lança-mísseis antitanque Javelin e outras munições e equipamentos.

Comandantes militares e especialistas consideram que os Himars e os sistemas de artilharia têm sido cruciais para impedir que as forças russas conquistem mais territórios. 

"Em cada fase do conflito, estamos focados em fornecer aos ucranianos aquilo que eles necessitam, dependendo da evolução das condições no campo de batalha", disse Kahl.

Em paralelo, o Banco Mundial anunciou uma ajuda suplementar de 4,5 bilhões de dólares à Ucrânia provenientes de fundos também fornecidos pelos Estados Unidos, com o objetivo de ajudar o governo de Kiev a enfrentar "necessidades urgentes motivadas pela guerra". 

Em comunicado, o Banco Mundial precisou que a ajuda suplementar vai permitir que as autoridades assegurem despesas sociais, pensões e gastos com o setor da saúde. 

Tentativa de assassinatos neutralizada

Ainda nesta segunda, o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) revelou que neutralizou uma tentativa de assassinato do ministro da Defesa, Oleksiï Reznikov, e do chefe de inteligência militar, Kyrylo Boudanov, acrescentando que deteve dois suspeitos do "serviço secreto russo".

A detenção dos dois homens, um dos quais teria chegado à Ucrânia via Belarus, ocorreu em Kovel, no noroeste do território ucraniano.

De acordo com o SBU, os detidos estavam preparando "a eliminação física" das duas altas autoridades da Defesa ucraniana e de um "conhecido ativista ucraniano", cujo nome não foi divulgado.

Cada um dos criminosos seria recompensado com uma quantia que variava entre 100 mil e 150 mil dólares, acrescentou o SBU.

le (AFP, Lusa, EFE)