"Quero voltar para casa", diz jihadista alemã
23 de julho de 2017Ela se arrepende de ter se juntado ao "Estado islâmico" (EI), segundo reportagem publicada neste domingo (23/07) pelo jornal Süddeutsche Zeitung. "Eu quero ir para casa, para minha família", afirmou a adolescente alemã Linda W., em Bagdá. dessas muitas armas, do barulho." De acordo com a reportagem, a alemã tem um ferimento de bala na coxa esquerda e precisa de tratamento médico para um ferimento no joelho direito.
A jovem, de 16 anos, desapareceu no ano passado de sua casa, na pequena cidade de Pulsnitz, nos arredores de Dresden, depois de ter afirmado que havia se convertido ao islamismo. Investigadores apontaram que ela estava em contato com membros do EI em fóruns de bate-papo online.
A adolescente está sob tutela da Justiça na capital iraquiana, mas ainda não prestou depoimento às autoridades. Um juiz determinou primeiro que ela receba tratamento para suas lesões. A menina disse que está disposta a cooperar com os investigadores.
Escondida nas ruínas de Mossul
Até onde se sabe, ela foi encontrada e presapor uma unidade especial do Exército iraquiano nas ruínas de Mossul, antigo bastião iraquiano do EI. Forças de segurança iraquianas informaram que prenderam 20 jihadistas estrangeiros durante uma operação na cidade. Um oficial da unidade de contraterrorismo do Iraque informou que as mulheres portavam armas e cintos de explosivos para atacar as forças iraquianas. Entre as mulheres detidas, estavam cidadãs de Rússia, Turquia, Canadá e Chechênia. Não ficou claro se a adolescente alemã pertencia ao grupo.
De acordo com informações da revista Der Spiegel quatro mulheres alemãs que se juntaram nos últimos anos ao EI se encontram presas em Bagdá. Elas teriam sido presas nos dias posteriores à libertação de Mossul. Entre elas estaria a adolescente de Pulsnitz.
A agência de inteligência interna da Alemanha, o Departamento Federal de Proteção à Constituição (BfV, na sigla em alemão), estima que cerca de 930 pessoas deixaram a Alemanha nos últimos anos para se juntar ao EI – cerca de 20% das quais são mulheres.
MD/dpa/afp