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Irã terá segundo turno entre reformista e ultraconservador

29 de junho de 2024

Eleição presidencial iraniana será decidida entre linha-dura Saeed Jalili e moderado Masoud Pezeshkian. Votação elege o sucessor do presidente Ebrahim Raisi, morto em queda de helicóptero mês passado.

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Placar com quatro fotos de homens em preto e branco, em fundo azulado
Quatro candidatos disputaram o primeiro turno da votação para escolha do sucessor de Ebrahim RaisiFoto: Majid Asgaripour/WANA/REUTERS

O candidato reformista Masoud Pezeshkian e o ultraconservador Saeed Jalili disputarão o segundo turno da eleição presidencial do Irã, anunciou o Ministério do Interior neste sábado (29/06), um dia após o primeiro turno da votação, marcado pela menor taxa de comparecimento desde a revolução islâmica de 1979.

"Nenhum dos candidatos obteve a maioria absoluta" no primeiro turno, portanto haverá um segundo turno em 5 de julho, disse a repórteres Mohsen Eslami, porta-voz do escritório eleitoral do órgão.

Das 24,54 milhões de cédulas contadas, o congressista e ex-ministro da Saúde Pezeshkian obteve 10,41 milhões de votos (42%), e Jalili, que esteve envolvido em negociações internacionais sobre o programa nuclear do Irã, 9,47 milhões (38%).

Das 14 eleições presidenciais realizadas desde a revolução islâmica de 1979, apenas uma foi decidida em um segundo turno, em 2005.

Ambos os candidatos ficaram claramente à frente do presidente conservador do Parlamento, Mohamad Bagher Ghalibaf, com 3,38 milhões de votos, e do quarto candidato, Mostafa Purmohammadi, o único religioso na disputa, com 206.397 votos.

Cerca de 61 milhões de eleitores foram convocados às urnas nesta sexta-feira, mas apenas 24,54 milhões, ou 40%, votaram. Alguns oponentes, principalmente da diáspora iraniana, pediram um boicote às eleições.

Convocadas após a morte do presidente Ebrahim Raissi em queda de helicóptero em maio, as eleições presidenciais iranianas ocorrem sob os holofotes internacionais porque o Irã, um peso pesado no Oriente Médio, está no centro de várias crises, desde o conflito em Gaza até a questão de seu programa nuclear.

md (AFP, Reuters, DPA)