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Polícia detém amigo do atirador de Munique

24 de julho de 2016

Adolescente é levado para interrogatório sob suspeita de saber dos planos do jovem de 18 anos que matou nove pessoas a tiros na capital bávara. Preparação para o ataque teria durado um ano.

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Área onde aconteceu o atentado em Munique continua isolada
Área onde aconteceu o atentado em Munique continua isoladaFoto: picture-alliance/AA/S. Widmann

A polícia deteve para interrogatório na noite deste domingo (24/07) um jovem de 16 anos sob suspeita de saber dos planos do adolescente alemão de origem iraniana que, na sexta-feira, abriu fogo em Munique matando nove pessoas.

O jovem é o mesmo que, no dia do ataque, fez contato com a polícia e identificou o atirador como Ali David S., a quem descreveu como um amigo. O adolescente detido, de origem afegã, é investigado por supostamente não reportar às autoridades os planos do amigo.

Ele também é suspeito de, a partir de uma conta de Facebook falsa, ter convidado pessoas para um cinema próximo à estação central de trem de Munique. O post é similar ao feito pelo atirador, de uma conta hackeada, chamando usuários para o local do massacre.

O atirador, de 18 anos, planejou o ataque por um ano, informou neste domingo (24/07) o chefe da polícia da Baviera, Robert Heimberger. O jovem não escolheu as vítimas, a maioria de origem estrangeira, mas atirou de forma aleatória.

No período de um ano, o jovem chegou a visitar a escola de Winnenden, perto de Stuttgart, no sudoeste da Alemanha, onde um adolescente de 17 anos matou 15 pessoas, em 2009. E fez fotos do local.

O atirador era obcecado por tiroteios em massa. No quarto dele, foram encontrados livros e documentos relacionados com ataques a tiros. Ele também jogava games violentos com frequência.

Além disso, em 2012 ele foi vítima de um episódio de "bullying" na escola, mas a polícia não quis relacionar o caso de forma direta com o ataque e disse que os colegas envolvidos não estão entre as vítimas.

Os pais do atirador ainda não foram ouvidos pela polícia por "estarem em choque". No apartamento, os investigadores encontraram medicamentos para tratamento de uma doença mental. O jovem teria passado por tratamento psicológico por dois meses devido a sintomas de fobia social e depressão.

RPR/dpa/rtr