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Policial que matou negro nos EUA é acusada de homicídio

15 de abril de 2021

Agente Kim Potter disparou contra o jovem afro-americano Daunte Wright durante controle de trânsito num subúrbio de Mineápolis. Polícia afirma que ela confundiu arma com eletrochoque e não teve a intenção de matar.

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Morte de Daunte Wright motivou três noites de protestos contra a violência policial no subúrbio de Brooklyn Center, em Mineápolis
Morte de Daunte Wright motivou protestos contra a violência policial em Brooklyn Center, nos arredores de MineápolisFoto: John Minchillo/AP/picture alliance

A policial que matou o jovem afro-americano Daunte Wright durante um controle de trânsito num subúrbio de Mineápolis foi detida nesta quarta-feira (14/04), depois de um promotor acusá-la de homicídio culposo em segundo grau.

A policial, identificada como Kim Potter, demitiu-se nesta terça-feira da polícia de Minnesota, onde trabalhava havia 26 anos, junto com o chefe dela, Tim Gannon.

O promotor disse que Potter, de 48 anos, foi levada para uma cadeia. Ela foi mais tarde liberada depois de pagar fiança e aguarda para ser apresentada a um tribunal.

Pela legislação de Minnesota, homicídio culposo em segundo grau é aplicado em casos em que o acusado age de forma negligente, criando conscientemente um risco desproporcional de matar outra pessoa. A pena máxima é de dez anos de cadeia.

Gannon declarou que o disparo que matou Wright foi acidental e que Potter confundiu a sua arma de serviço com um taser, uma arma não letal que provoca uma forte descarga elétrica.

A acusação de homicídio culposo em segundo grau indica que os promotores acataram a versão apresentada pela polícia, de que Potter não teve a intenção de matar Wright.

A morte de Wright motivou três noites seguidas de protestos contra a violência policial na pequena cidade de Brooklyn Center, nos arredores de Mineápolis, resultando em confrontos violentos entre os manifestantes e policiais.

O clima na região já é tenso por causa do julgamento, também em Mineápolis, do assassinato de Derek Chauvin, policial acusado de assassinar George Floyd, a poucos quilômetros de onde Wright foi morto.

as/lf (Lusa, AP)