PF realiza buscas nas residências de Collor
14 de julho de 2015A Polícia Federal (PF) cumpriu nesta terça-feira (14/07) um mandado de busca e apreensão no apartamento do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello em Brasília. Além do malote confiscado no local, agentes federais também apreenderam uma Ferrari, um Lamborghini e um Porsche na Casa da Dinda, mansão da família Collor de Mello que foi usada como residência por Collor na época em que era presidente.
No total, a PF e o Ministério Público Federal cumprem 53 mandados de busca e apreensão como parte da Operação Politeia, relacionados a processos instaurados no Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de provas obtidas na Operação Lava Jato. Além do Distrito Federal, os mandados têm lugar em Pernambuco, Bahia, Alagoas, Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo.
A polícia também esteve na casa de Collor em Maceió. O nome de Collor foi citado nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef, apontado como um dos operadores da rede de corrupção que envolve a Petrobras, políticos e empreiteiras.
No perfil de Collor no Facebook, foi divulgada uma nota de repúdio à operação. "A medida invasiva e arbitrária é flagrantemente desnecessária, considerando que os fatos investigados datam de pelo menos mais de dois anos, a investigação já é conhecida desde o final do ano passado, e o ex-presidente jamais foi sequer chamado a prestar esclarecimentos." O texto diz ainda que o senador se colocou à disposição para ser ouvido pela Polícia Federal duas vezes e que o depoimento foi desmarcado.
Segundo a imprensa, o senador Ciro Nogueira também foi alvo das operações desta terça-feira. Em comunicado à imprensa, a polícia não confirmou os nomes que estão sendo investigados, mas disse que os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo STF, a mais alta autoridade judicial do Brasil e a única que pode ordenar que se investiguem políticos.
"As operações de busca estão acontecendo em residências, escritórios, sedes de empresas, escritórios de advocacia e instituições públicas", diz o comunicado da PF.
Desde março do ano passado, a Lava Jato levou à detenção de ex-executivos da Petrobras e de alguns dos empresários do ramo da construção civil mais poderosos do Brasil, entre eles os presidentes das construtoras Odebrecht e Andrade Gutierrez. No total, 34 parlamentares e um governado estão sendo interrogados.
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