1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Menos ajuda ao desenvolvimento

(av)5 de abril de 2007

Relatório da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico mostra que as nações industriais empregaram em 2006 5,1% a menos do que no ano anterior. Decisivas foram as reduções dos EUA (20%) e da Itália (30%).

https://p.dw.com/p/ADGF
Alemanha ajuda também na NicaráguaFoto: picture-alliance/ dpa

Em 2006, a União Européia empregou cerca de 64,5 bilhões de dólares (48 bilhões de euros) em cooperação econômica. Assim, o bloco seria responsável por mais da metade das verbas do mundo para ajuda ao desenvolvimento, de acordo com números da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

No total, as nações industriais do Ocidente dedicaram US$ 103,9 bilhões a este fim, o que representa uma redução real de 5,1%. Fatores determinantes foram a diminuição das verbas dos Estados Unidos em 20%, limitando-se a US$ 22,74 bilhões, e da Itália em 30% (resultando em US$ 3,67 bilhões).

Em contrapartida, a Alemanha gastou US$ 10,53 bilhões, 0,9% a mais do que no ano anterior, o equivalente a 0,36% de sua Renda Nacional Bruta (RNB). Desta forma, o país ultrapassou tanto a meta auto-imposta quanto a média dos países da OCDE, ambas fixadas em 0,33%.

Em números absolutos, a Alemanha fica como o 5º maior contribuinte, após os EUA, Japão, Reino Unido e França. Em termos da relação entre o nível de cooperação e o desempenho econômico, contudo, o país se encontra em 13º lugar. Aqui, o líder é a Suécia, com 1,03%, seguida por Luxemburgo e Noruega, com 0,89%.

Uma das "metas do milênio" da Organização das Nações Unidas é que, até 2015, seus países-membros apliquem no mínimo 0,7% do PIB em cooperação econômica.

Maquiagem ou não?

A Comissão da UE rebateu, nesta quarta-feira (04/04), acusações da Federação das ONGs Européias de que estaria "maquiando" seus cálculos sobre cooperação econômica, acrescentando-lhes vários bilhões de euros do perdão de dívidas. Desta forma, 30% das verbas não beneficiam diretamente os atingidos.

Louis Michel, EU-Kommissar traf mit Fidel Castro zusammen
Louis Michel, comissário para Cooperação e Desenvolvimento da UEFoto: AP

"Não se trata de uma distorção dos números, isso está de acordo com as regras", afirmou o porta-voz do comissário da UE Louis Michel. No entanto, a ajuda deverá ser novamente elevada nos próximos anos, com uma concomitante redução do perdão de dívidas.

Em 2006, as verbas para a cooperação econômica perfizeram 0,42% do PIB da UE, o equivalente a US$ 134,23 per capita. Em comparação, os Estados Unidos e o Japão gastaram, respectivamente, US$ 71,13 e US$ 92,60 por habitante.

Segundo a Comissão, a UE flanqueia suas medidas de ajuda ao desenvolvimento com outras de facilitação do comércio. O órgão deseja que a Europa abra seus mercados para todos os produtos – exceto açúcar e arroz – de mais de 70 países da África, Caribe e Pacífico.