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PolíticaVenezuela

Oposição da Venezuela volta às urnas em eleições regionais

21 de novembro de 2021

Partidos contrários a Maduro encerram boicote eleitoral de quatro anos e participam de eleições regionais. Caracas faz concessões democráticas para tentar desbloquear ativos no exterior e retomar comércio.

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Homem vota em urna com bandeira da Venezuela desenhada ao fundo.
Lisura das eleições regionais na Venezuela é acompanhada por observadores internacionaisFoto: Ariana Cubillos/AP Photo/picture alliance

Os partidos da oposição na Venezuela encerraram um boicote eleitoral de quatro anos neste domingo (21/11) e participaram de eleições regionais em todo o país.

Mais de 130 observadores internacionais estiveram presentes, principalmente da União Europeia (UE), em meio a garantias do governo do presidente Nicolás Maduro de que as eleições seriam livres e justas.

As eleições são realizadas em um momento no qual Caracas tenta retomar suas relações com os Estados Unidos e outros países por meio de demonstrações de boa vontade. O país sul-americano enfrenta uma longa crise econômica e está sob sanções internacionais.

Apesar do retorno da oposição, o movimento chavista liderado por Maduro é considerado o provável vencedor da maioria das eleições regionais.

Por que a Venezuela está fazendo concessões democráticas?

O governo Maduro, que não é reconhecido como legítimo por Washington, espera que parte das centenas de milhões de dólares da Venezuela armazenadas no exterior sejam desbloqueadas.

Ele também quer poder vender seu petróleo mais facilmente, especialmente aos EUA, que historicamente foi seu principal comprador, e acabar com barreiras às importações.

Maduro usando uma máscara aponta para a frente.
Partido de Maduro deve manter o domínio da maioria dos estados.Foto: Federico Parra/AFP/Getty Images

Para isso, Caracas fez algumas concessões, inclusive convidando observadores da UE pela primeira vez em 15 anos para acompanhar as eleições.

Entretanto, espera-se que o partido socialista que governa o país mantenha seu domínio. Observadores dizem que a oposição tem chances de vencer em apenas seis dos 23 estados do país.

Qual é a situação da oposição?

As eleições deste domingo escolheram 23 governadores de estados, além de prefeitos e vereadores em todo o país.

Henrique Capriles, antigo candidato presidencial que perdeu para Hugo Chávez em 2012 e para Maduro um ano depois, disse que a oposição provavelmente não terá um bom desempenho em função de suas divisões internas.

Juan Guaidó, reconhecido como o presidente legítimo pelos EUA e cerca de 50 outros países, mas não mais pela UE, conclamou a oposição a "unificar a luta". Contudo, ele disse que não planejava votar neste domingo.

"O que vamos ver é uma luta pelo segundo lugar, porque o segundo lugar significará simbolicamente qual oposição terá peso", disse Felix Seijas, diretor da empresa de pesquisas Delphos, à agência de notícias AP.

bl (AP, AFP)