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O Brasil na imprensa alemã (02/05)

2 de maio de 2018

Uma linha de ônibus que cobre o trajeto Rio-Lima, a falta de respostas sobre o caso Marielle Franco e o incêndio no centro de São Paulo recebem a atenção da mídia na Alemanha.

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Incêndio e desabamento de prédio em São Paulo recebeu destaque na imprensa alemã
Incêndio e desabamento de prédio em São Paulo recebeu destaque na imprensa alemãFoto: picture-alliance/dpa/P. Lopes

Fique sentado! - Süddeutsche Zeitung (26/04)

"Sobre esse ônibus se sabe a hora de partida: todas as quarta-feiras, à 13h, do terminal rodoviário Novo Rio, no Rio de Janeiro. Mas nunca se pode dizer a hora de chegada – devido aos longos trechos, paisagens selvagens e um clima imprevisível. E ainda tem as pessoas: bloquear estrada é uma forma popular na América do Sul para sensibilizar o governo sobre problemas como fornecimento de eletricidade e água. Em dias assim, o ônibus pode ficar parado um dia inteiro em algum lugar.

Nesta viagem foi assim: na segunda-feira chegou uma mensagem, de que devido ao mau tempo no Peru o ônibus chegaria mais tarde no Rio. A partida seria então adiada para quinta-feira. Mas na quarta uma mudança: o ônibus não vai conseguir chegar no Rio, a partida seria então no mesmo dia, mas em São Paulo. Foi pegar rápido a mochila e ir em outro ônibus para a maior cidade brasileira.

Duas vezes por dia o ônibus faz uma pausa, de manhã e de noite. São 28 passageiros a bordo, todos peruanos. Dois motoristas se revezam (…) Segunda-feira pela manhã, às 8h, o ônibus chega à garagem da empresa em Lima, com três passageiros ainda a bordo – 111 horas após o início da viagem no Rio de Janeiro. Os dois motoristas terão três dias de folga. Depois voltarão ao Rio: com o ônibus, que todo mundo sabe quando parte, mas ninguém sabe quando chega."

Por que Marielle Franco teve que morrer?Frankfurter Allgemeine Zeitung (02/05)

"Quem matou Marielle Franco? Sete semanas após o crime que abalou o Brasil, ainda não há resposta para essa pergunta. Como uma vereadora de esquerda, lésbica, negra da favela, que estudou e, como política que lutou pelos direitos dos pobres, ela era uma figura símbolo. Que ela tenha sido executada em praça pública, no início da noite, a apenas 200 metros de um posto policial no centro do Rio, aumentou mais ainda a sensação de insegurança na cidade (...) Primeiramente parecia óbvio que policiais ou soldados estariam por trás do assassinato. Mas especialistas, agora, tratam isso como improvável: eles acreditam que a milícia seria responsável pela morte da política de 38 anos."

Prédio desaba após incêndioSpiegel Online (01/02)

"Um prédio de mais de 20 andares pegou fogo e desabou no centro da maior cidade brasileira. Um grupo de sem-teto havia encontrado refúgio no edifício, que antes pertencia à Polícia Federal. No início, estimava-se que 50 famílias viviam ali, depois passou-se a falar em 150. Não estava claro, porém, quantas estavam no prédio no momento do incêndio. Muitos moradores despertaram com o fogo e fugiram com o que tinham no corpo. Segundo o prefeito Bruno Covas, há mais de cem prédios ocupados por sem-teto em São Paulo. O governador Márcio França falou em 'tragédia anunciada'."

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