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O alemão visto de fora

Augusto Valente11 de março de 2002

A maioria dos estrangeiros considera o idioma germânico difícil e feio. Esta constatação é do Instituto da Língua Alemã, que promove encontro sobre o tema.

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A língua de Goethe e Schiller é mesmo feia?Foto: DW

O simpósio que o Instituto da Língua Alemã organiza em Mannheim, a partir de terça-feira (12), tem como título "O alemão visto de fora". Segundo seu diretor, Gerhard Stickel, o idioma alemão é percebido subjetivamente pelos estrangeiros como "barulhento, duro e grosseiro". Muitos o associam com "gente de uniforme, fazendo guerra e gritando ordens". Nestes casos, há uma confusão entre a língua e quem a fala, lamenta Stickel. Além disso, o alemão é tido como complicado, devido a seus vocábulos longos e sintaxe difícil. Também problemáticas são a conjugação verbal e as declinações.

Importância para o entendimento dentro da Europa

Apesar de tais empecilhos, a língua alemã ocupa uma posição privilegiada tanto nos países escandinavos como no centro e leste europeus. Este fato a torna importante para o entendimento interno na Europa. Tal opinião é compartilhada pelo secretário-geral do Instituto Goethe, Joachim-Felix Leonhard. Este papel se ampliará com a planejada filiação dos países do leste à União Européia, prevê o secretário.

No Extremo Oriente e na América Latina o alemão também é cultivado. A crescente dominância do inglês e do espanhol certamente compromete sua posição, destino este comum a outros idiomas europeus, como o francês e o italiano. Entretanto aos poucos se estabelece a consciência de que uma segunda língua estrangeira, ao lado do inglês, representa novas chances profissionais.

Instrumento de integração social

Admitindo que a Alemanha é um país de imigrantes, Leonhard deseja que se fomente o ensino do alemão para estrangeiros, pois dominar a língua é parte essencial do processo de integração na sociedade. Em sua opinião, é indispensável expandir consideravelmente as ofertas de aprendizado do alemão para estrangeiros.

Ele critica o fato de que se excluam deste debate as pessoas que já vivem no país há anos; a seu ver "gerações inteiras foram esquecidas". Leonhard também instou os alemães a se ocuparem do próprio idioma de forma mais ativa: "A língua se comunica através da cultura e da literatura de um país", lembrou o secretário-geral do Instituto Goethe.