Museu Hombroich une arte e natureza
Há 30 anos, a Ilha de Museus Hombroich, localizada no oeste alemão, entre Düsseldorf e Colônia, oferece arte em meio a paisagens naturais.
Pronto para um passeio
Karl-Heinrich Müller era corretor de imóveis, colecionador de arte e um homem de visão: ele sonhava com um jardim, que seria tão belo quanto o famoso jardim do impressionista francês Claude Monet em Giverny, no norte da França. Ali ele queria expor sua coleção de obras de arte. Na Ilha Hombroich, perto de Düsseldorf, no oeste da Alemanha, ele encontrou o lugar ideal.
Arquitetura austera
Erwin Heerich é um dos escultores alemães mais importantes da segunda metade do século 20. Os dez pavilhões de exposição da Ilha Hombroich foram planejados por ele. Por suas formas harmônicas, eles estão entre as mais belas construções modernas. Com suas paredes de tijolos, eles se integram perfeitamente à natureza da Ilha.
Dentro e fora
O pavilhão, projetado pelo arquiteto português Álvaro Siza, abriga as exposições temporárias do Museu. Até janeiro passado, foram exibidas ali obras de Bruno Goller, algumas delas pela primeira vez. Uma das características da edificação são as enormes janelas panorâmicas, que puxam o ambiente para dentro do espaço construído. As paredes são de tijolos antigos.
Labirintos de trilhas levam à arte
Labirinto é o nome do pavilhão central. O pintor Gotthard Graubner, responsável pela apresentação das obras na ilha, confronta ali suas próprias pinturas com obras de arte de outras culturas. Além de arte contemporânea, o pavilhão dispõe de um acervo arqueológico: objetos de decoração, vasilhames e oferendas da Tailândia, bem como peças da antiga Mesopotâmia.
Em diálogo com a natureza
Todos os pavilhões envolvem a natureza. As obras expostas vêm da África, Oceania, América Latina, China, Irã e Sudeste Asiático. E reproduzem diversas culturas: a Mezcala do México, a Nazca do Peru, a Khmer do Camboja e a da Pérsia antiga. Ao lado de relíquias de épocas passadas, encontram-se também objetos de design do século 20.
Espaço para a criação artística
Gotthard Graubner é um dos mais renomados pintores da Alemanha. Conhecido por suas "Imagens de Almofadas", que ficam nas paredes de seu ateliê, o artista de 83 anos vive há mais de 15 anos na Ilha do Museu Hombroich, sendo responsável pela apresentação e seleção das obras expostas no local.
Residência para artistas
Desde 1994, uma antiga base de mísseis da Otan faz parte do complexo Hombroich. Elementos como cercas, holofotes e muros foram eliminados. Hangares, bunkers e a torre de vigilância foram transformados em espaços habitáveis e equipados com instalações sanitárias adequadas e calefação. A antiga torre de vigilância abriga o arquivo do poeta Thomas Kling, que ali viveu até sua morte em 2005.
Um lugar sem igual
O chamado Campo de Kirkeby leva este nome em homenagem ao artista dinamarquês Per Kirkeby, que projetou ali sua arquitetura escultural. Karl-Heinrich Müller criou, com o Museu Hombroich, um complexo único, dotado de uma simbiose entre cultura e natureza. Especialistas em arte apontam o lugar como um dos mais extraordinários museus do mundo.