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TerrorismoFrança

Museu do Louvre e Versalhes evacuados após ameaças de bomba

14 de outubro de 2023

França eleva alerta de segurança para nível máximo após ao ataque a faca em escola que matou um professor. Conflito Israel-Hamas exacerba tensões no país que abriga numerosas comunidades judaicas e muçulmanas.

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Entrada do Museu do Louvre isolada por cordão da polícia
No Louvre, em torno de 15 mil funcionários e visitantes tiveram de deixar o local após ameaças de bombaFoto: Thomas Padilla/AP/picture alliance

O Museu do Louvre, em Paris, e o Palácio de Versalhes, nos arredores da capital da França, tiveram de ser evacuados neste sábado (14/10) após receberem ameaças de bomba.

Pouco antes, o governo francês elevou o nível de alerta de terrorismo para "emergência de ataque", sendo este o mais alto na escala da segurança interna do país.

As evacuações das duas atracões turísticas que estão entre as mais visitadas em todo o mundo ocorrem em um momento de tensão, no dia seguinte a um ataque a faca em uma escola na cidade de Arras que deixou um professor morto e duas pessoas em estado grave. O suspeito do atentado seria um extremista de origem tchetchena.

A crise entre Israel e o grupo terrorista Hamas acirrou as tensões no pais, após os ataques do grupo islamista em solo israelense, que foram seguidos de intensos bombardeios na Faixa de Gaza

A França possui a terceira maior população de judeus fora de Israel e dos Estados Unidos, e a maior comunidade muçulmana na Europa Ocidental.

Atracões turísticas sob ameaça

O governo francês anunciou neste sábado o reforço de 7 mil policiais em todo o país. O estado máximo de alerta decretado no país permite ao governo adotar esta e outras medidas para reforçar a segurança.

No Louvre, em torno de 15 mil funcionários e visitantes tiveram de deixar o local após os alarmes soarem em todo o museu em razão de ameaças de bomba. O serviço de segurança do museu disse que ninguém ficou ferido na evacuação.

Todas as áreas do museu foram isoladas pela polícia. O local, que abriga obras-primas como a Mona Lisa e a Vênus de Milo, recebe entre 30 e 40 mil visitantes por dia.

O antigo palácio real de Versalhes também recebeu ameaças de bomba e teve de ser esvaziado, assim como a estação de trens Gare de Lyon, onde foi descoberto um possível artefato explosivo.

Escolas em alerta após atentado

A promotoria antiterrorismo da França investiga o atentado em Arras, embora a motivação do agressor ainda não tenha sido esclarecida. Ele está preso, juntamente com dois de seus irmãos e outros suspeitos.

Segundo as autoridades, o suspeito de 20 anos de idade vinha sendo vigiado por suas associações com grupos radicais islamistas e chegou a ser investigado por acusações relacionadas a suspeitas de terrorismo.

Presidente francês, Emmanuel Macron, fala a repórteres na escola em Arras que foi alvo de ataque
Presidente francês, Emmanuel Macron, visita escola em Arras que foi alvo de ataqueFoto: Ludovic Marin/abaca/picture alliance

O suposto agressor chegou a ser seguido por agentes e teve seu telefone interceptado. No entanto a vigilância foi encerrada na última quinta-feira, por ausência de provas. Seu irmão já cumpriu pena de prisão por associação a redes islamistas e por glorificar atos terroristas.

O Ministério da Educação informou que as escolas do ensino médio da França abrirão mais tarde nesta segunda-feira, para que os funcionários possam debater o ataque em Arras, preparar medidas de segurança e meios de tranquilizar os alunos.

Semelhança com assassinato de Samuel Paty

Todas as escolas vão observar um minuto de silêncio em homenagem a todas as vítimas de atos terroristas ocorridos em instituições de ensino do país.

O ataque em Arras ocorreu três anos após a decapitação do professor Samuel Paty que lecionava história e geografia numa escola nos subúrbios de Paris. O suspeito, um jovem de 18 anos radicalizado, também era de origem tchetchena.

rc (AP, ots)