Morre embaixador da Rússia na ONU
20 de fevereiro de 2017O embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, morreu "repentinamente" nesta segunda-feira (20/02) em Nova York, informou o Ministério do Exterior russo.
O órgão não deu detalhes sobre as circunstâncias da morte e, por meio do Twitter, ofereceu condolências aos familiares do diplomata. Ele completaria 65 anos nesta terça-feira.
Após passar mal em seu local de trabalho, Churkin foi levado às pressas ao Centro Médico Universitário de Columbia, em Nova York, onde morreu, disse o vice-embaixador russo na ONU, Vladimir Safronkov, à agência de notícias AP.
O presidente russo, Valdimir Putin, expressou pesar pela morte do embaixador por meio de seu porta-voz, Dmitri Peskov. "O chefe do Kremlin valorizava o profissionalismo e a vontade diplomática de Churkin", declarou o funcionário, acrescentando que Putin ficou "muito abalado ao receber a notícia".
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério do Exterior russo, afirmou em messagem publicada no Facebook que Churkin era "uma pessoa extraordinária e um homem brilhante". "Perdemos um querido", escreveu ela.
Churkin era embaixador na ONU desde 2006. Ele foi um defensor ferrenho de políticas da Rússia, como o intenso bombardeio da cidade síria de Aleppo no ano passado tendo como alvo opositores do regime de Bashar al-Assad.
No ano passado, a então embaixadora dos EUA na ONU, Samantha Power, acusou a Rússia, a Síria e o Irã de ter responsabilidade pelas atrocidades no país em guerra civil. Churkin contestou, afirmando que Power estava agindo como se fosse Madre Teresa e se esquecendo dos atos passados de seu próprio país no Oriente Médio.
No Twitter, Power lamentou a morte do ex-colega, classificando-o como "um maestro diplomático e um homem profundamente atencioso", que fez de tudo "para minimizar as diferenças entre Estados Unidos e Rússia".
Graduado em Relações Internacionais e com doutorado em História, Churkin também foi embaixador da Rússia na Bélgica e no Canadá.
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