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Criminalidade

Militar da Aeronáutica é preso com cocaína na Espanha

26 de junho de 2019

Sargento é suspeito de carregar 39 quilos de cocaína na mala. Ele estava em voo da FAB junto a comitiva que acompanha Bolsonaro em viagem à cúpula do G20. Governo diz estar colaborando com autoridades espanholas.

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Militar da comitiva presidencial foi preso com cocaína durante escala de um voo da  Força Aérea Brasileira em Sevilha
Militar da comitiva presidencial foi preso com cocaína durante escala de um voo da Força Aérea Brasileira em SevilhaFoto: picture-alliance/EPA/S. Moreira

Um militar brasileiro foi preso nesta terça-feira (25/06) no aeroporto de Sevilha suspeito de carregar 39 quilos de cocaína na mala. Ele chegou à cidade espanhola em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB) junto a uma comitiva que acompanha o presidente Jair Bolsonaro na viagem para a cúpula do G20 no Japão.

A droga foi interceptada durante um controle de bagagens na escala do voo em Sevilha. O sargento da Aeronáutica, Manoel Silva Rodrigues, de 38 anos, está detido no aeroporto espanhol sob suspeita de tráfico de drogas e deve ser ouvido por um juiz num prazo de 72 horas após a prisão.

No Twitter, Bolsonaro disse ter pedido ao ministro da Defesa brasileiro, general Fernando Azevedo e Silva, a "imediata colaboração com a polícia espanhola, na pronta elucidação dos fatos, cooperando em todas as fases da investigação, bem como instauração de um inquérito Policial-Militar".

"As Forças Armadas têm um contingente de cerca de 300 mil homens e mulheres formados nos mais íntegros princípios da ética e moralidade", escreveu o presidente, afirmando que o militar será "julgado e condenado na forma da lei" caso seja comprovada sua participação no crime.

O Ministério da Defesa afirmou nesta quarta-feira que já colabora com as autoridades espanholas em "todos os aspectos" da investigação. "As autoridades de ambos os países já estão colaborando para que este incidente seja imediatamente esclarecido e, caso se comprove o delito, seja punido com todo o rigor da lei", disse um porta-voz.

A pasta iniciou uma investigação sobre o caso e expressou em nota o repúdio por "atos dessa natureza". Por ora, o nome do sargento será mantido em sigilo.

O vice-presidente Hamilton Mourão também se pronunciou sobre a prisão, afirmando que esta não é a primeira vez que um militar é detido transportando drogas. Ele pediu uma investigação para avaliar se o brasileiro tem conexões com o tráfico de entorpecentes.

"As Forças Armadas não estão imunes a esse flagelo da droga. Isso não é a primeira vez que acontece, seja na Marinha, seja no Exército, seja na Força Aérea", disse Mourão em entrevista à Rádio Gaúcha, acrescentando que "esse elemento vai ser julgado por tráfico internacional de drogas e vai ter uma punição bem pesada".

O vice-presidente ainda chamou o sargento de "mula qualificada". "É óbvio que, pela quantidade de droga que o cara tava levando, ele não comprou na esquina e levou, né? Ele estava trabalhando como mula. Uma mula qualificada, vamos colocar assim", afirmou.

O militar não estava no mesmo avião que Bolsonaro rumo a Osaka, cidade japonesa que sediará a cúpula entre as 19 principais economias do mundo e a União Europeia nos dias 28 e 29 de junho.

A aeronave presidencial também tinha escala programada em Sevilha, mas os planos de viagem foram alterados. Na noite de terça-feira, a agenda do presidente passou a informar que a escala seria em Lisboa. Não foi esclarecido se a mudança teve alguma relação com a prisão do militar.

RC/efe/lusa/ots

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