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Michael Glos – de moleiro a ministro da Economia

Monika Lohmüller (ca)24 de novembro de 2005

Esperto, irônico e conhecedor do assunto – o novo ministro alemão da Economia, o social-cristão Michael Glos, esnoba autoconfiança e se dá muito bem com a nova chanceler federal.

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Temido apaziguador: Michael GlosFoto: dpa

Não demorou muito para que o sucessor do posto reservado a Edmund Stoiber fosse nomeado. Quando o presidente da União Social Cristã (CSU) anunciou que preferiria ficar em Munique e que não faria parte do gabinete ministerial da grande coalizão, rapidamente um nome passou por todas as cabeças: Michael Glos.

O político de 60 anos e do norte da Baviera, que não necessariamente almeja cargos, mas que goza de boa influência, é muitas vezes um pouco sarcástico, até irônico.

Entretanto, muitos de seus colegas consideram aquele que, já há 12 anos chefia a bancada da CSU no Parlamento, sobretudo como um agente apaziguador.

"Parem de reclamar"

O "acalmador de ânimos", porém, também pode agir diferente: Glos é tão temido quanto famoso por seus ataques, vigorosamente formulados, no Parlamento. Autoconfiança é o que não falta ao homem que, já aos 30 anos de idade, ocupava uma cadeira no Bundestag.

Como o mais jovem deputado da CSU, ele já levava consigo uma boa carga de experiência. Sendo o filho mais velho de um moleiro, ele herdou, em meados dos anos 50, a tradicional empresa familiar: um moinho e uma plantação de cereais.

Arregaçar as mangas e trabalhar é ainda hoje o seu lema, que também quer transmitir aos alemães. "Isto vale tanto para os conterrâneos do Leste quanto para os do Oeste: Parem de reclamar, levantem as mangas e olhem novamente para frente!", dispara Glos.

"A história dos alemães é cheia de altos e baixos, e os altos aconteceram sempre quando os alemães, em vez de reclamar, olharam para frente."

Familiarizado com economia e finanças

Assumindo agora a pasta da Economia no gabinete de Merkel, Michael Glos já está familiarizado com o assunto, pois logo no começo da sua carreira parlamentar ele se ocupou com o tema.

Foi porta-voz para assuntos tributários e financeiros da aliança CDU/CSU entre 1987 e 1990, tornando-se então, até 1992, vice-líder da bancada para assuntos de economia, transporte, agricultura e empresas de médio porte.

Desde 1993, ele é o líder da representação da CSU no Parlamento, o que o torna, automaticamente, o primeiro vice-líder da bancada conjunta da CDU/CSU.

Embora de competência incontestável, seu trunfo como novo ministro da Economia é outro: ele se entende muito bem com a nova chanceler federal, Angela Merkel.