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Merkel visita "bairro problema" em Duisburg

25 de agosto de 2015

Chanceler federal alemã participa de encontro em Marxloh, uma das áreas mais pobres do país. No bairro em que 64% da população têm raízes estrangeiras, Merkel defende sociedade aberta e distribuição de refugiados na UE.

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Foto: Reuters/I. Fassbender

Durante uma visita ao "bairro problema" Marxloh, em Duisburg, uma das comunidades mais pobres da Alemanha, a chanceler federal Angela Merkel pediu nesta terça-feira (25/08) que pessoas com raízes estrangeiras sejam tratadas como qualquer outro cidadão alemão.

"Temos que ter cuidado para que alguém que já tem bisnetos aqui não seja visto como se tivesse chegado ontem", afirmou Merkel, durante a visita promovida no âmbito de uma série de diálogos entre o governo alemão e a sociedade, chamada de "Viver bem na Alemanha".

A chanceler federal disse ainda que uma sociedade que não é aberta não pode acusar imigrantes de "não se integrarem". Aproximadamente 64% da população que vive em Marxloh têm raízes estrangeiras. Grande parte dos 19 mil habitantes do bairro veio de países do sudeste europeu.

Merkel reconheceu que o aumento do número de imigrantes vindos da Bulgária e da Romênia pode ser um "teste" para a cidade. Não há guerra civil nos dois países, disse a líder alemã, e, por isso, não se pode transmitir a mensagem de que "todos podem vir", pois isso "não é viável".

A chanceler federal ressaltou que pessoas que não sejam perseguidas em seus países de origem não devem ser enganadas com promessas de poder ficar na Alemanha. "Assim, não poderemos ajudar aqueles que precisam."

Merkel reuniu-se com 60 habitantes e lideranças do bairro de Duisburg, que possui taxas de criminalidade e desemprego mais elevadas do que a média no país. O desemprego atinge quase 16% da população local.

Diante da expectativa da chegada de cerca de 800 mil refugiados à Alemanha neste ano, Merkel pediu que providências sejam tomadas para que os refugiados sejam recebidos com dignidade em abrigos.

A chanceler federal também defendeu uma aceleração do processo de análise de pedidos de asilo e mais solidariedade entre os países-membros da União Europeia. "Três ou quatro [países] de 28 não podem suportar toda a carga", declarou.

CN/dpa/epd