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May consegue apoio para seguir com Brexit

14 de novembro de 2018

Conselho de ministros dá sinal verde para primeira-ministra ir adiante com acordo preliminar com a UE sobre termos para a saída britânica do bloco. Falta agora o difícil aval do Parlamento.

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Die britische Premierministerin Theresa May gibt eine Erklärung vor der 10 Downing Street in London ab
Foto: Reuters/T. Melville

O governo do Reino Unido deu seu apoio nesta quarta-feira (14/11) a um acordo preliminar sobre o Brexit, elaborado em nível técnico por negociadores do país e da União Europeia (UE).

O anúncio, feito pela primeira-ministra Theresa May, elimina mais um obstáculo à conclusão do processo. Faltam agora o aval de Bruxelas e do Parlamento em Londres. 

Em pronunciamento diante da residência oficial em Downing Street e após uma reunião que durou cinco horas, a premiê comunicou o apoio político do governo ao pré-acordo, que contou com complexas negociações sobre a saída do Reino Unido do bloco, que deve ser concretizada em 2019. 

"A decisão coletiva do gabinete foi de que o governo deve concordar sobre o rascunho do acordo de retirada e sobre o esboço da declaração política", disse May. "Eu acredito firmemente com a minha cabeça e o meu coração que essa é uma decisão no melhor interesse de todo o Reino Unido."

O governo, assim como o Partido Conservador, estava dividido. Alguns parlamentares e membros do gabinete afirmam que o acordo deixará o Reino Unido acorrentado à União Europeia depois da saída do país do bloco.

May e os defensores do pacto concordam que ele não é perfeito, mas argumentam que a outra opção é sair do bloco sem acordo, o que poderá causar enormes prejuízos para a economia britânica.

O documento acertado com a UE de forma preliminar, com 500 páginas, inclui uma garantia para evitar o restabelecimento de uma fronteira rígida entre as duas Irlandas após o Brexit, o que é crucial para suas economias e o processo de paz.

O Reino Unido sairá da UE em 29 de março de 2019 e entrará em um período de transição que irá até o fim de 2020. Apoiadores do Brexit dizem que, embora ele possa trazer alguma instabilidade nos próximos anos, num prazo mais longo permitirá que a quinta maior economia do mundo prospere e que a própria UE avance numa maior integração, uma vez que Londres era um de seus membros mais relutantes.

A primeira-ministra não tem maioria no Parlamento, e grande parte dos deputados discorda até então das opções tomadas pelo governo nas negociações. O avanço do acordo, portanto, é incerto, e pode precipitar o fim do governo May.

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