Mais de 3 milhões buscam emprego há 2 anos ou mais no Brasil
19 de novembro de 2019O Brasil tem cerca de 3,2 milhões de desempregados que estão à procura de trabalho há dois anos ou mais, revelou uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta terça-feira (19/11). Esse número corresponde a 25,2% dos 12,5 milhões de desempregos do país.
A taxa de desemprego recuou 0,2 pontos percentuais em comparação com o trimestre anterior, passando de 12% entre abril a junho para 11,8% de julho a setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad). Em relação ao mesmo período de 2018 (11,9%), o desemprego se manteve estável.
A pesquisa mostrou ainda que 1,8 milhão de desempregados buscam por trabalho há menos de um mês, e 1,7 milhão procuram por trabalho há um período que varia entre um ano e dois anos. Já o número de pessoas que desistiram de procurar um emprego, classificados pelo IBGE como desalentados, ficou em 4,7 milhões.
Os estados com as maiores taxas de desemprego são Bahia (16,8%), Amapá (16,7%) e Pernambuco (15,8%). Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%) foram os estados com as menores taxas de desemprego.
Em relação ao segundo trimestre deste ano, a taxa permaneceu estável em quase todas as unidades da federação, com exceção de Rondônia, onde foi registrado um aumento de 1,5 ponto percentual, passando de 6,7% para 8,2%, e São Paulo, onde houve uma queda de 0,8 ponto percentual, ficando em 12%.
De julho a setembro, a taxa de subutilização da força de trabalho, ou seja, pessoas desocupadas ou subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas, ficou em 24%. O Maranhão foi o estado com maior percentual de trabalhadores nessa situação (41,6%) e também foi a unidade da federação com o maior percentual de emprego informal (50,1%).
Além de ter a menor taxa de desemprego, Santa Catarina também foi o estado com o maior percentual de trabalhadores com carteira assinada, 87,7%.
A pesquisa mostrou ainda que o desemprego atinge mais as mulheres. A taxa ficou em 10% entre homens e 13,9% entre mulheres.
CN/lusa/abr/ots
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