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Mais de 200 detidos na terceira noite de protestos na Estônia

29 de abril de 2007
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Um dos feridos nos confrontos em TallinnFoto: AP

A polícia da Estônia deteve na noite passada (28/04) mais de 200 pessoas envolvidas nos distúrbios públicos contra a remoção de um memorial de guerra soviético no centro da capital do país, há três dias.

Estland Tallinn Unruhen um sowjetisches Kriegerdenkmal weiten sich aus
Polícia domina jovens que quebraram vitrine em TallinnFoto: AP

Cerca de mil pessoas já foram detidas desde o começo dos distúrbios, os maiores neste Estado báltico desde sua independência em 1991. Uma pessoa foi morta e mais de 150 ficaram feridas, incluindo policiais, e numerosas lojas, escritórios e edifícios foram danificados.

Nas duas noites anteriores, uma multidão em fúria formada sobretudo por jovens de origem russa quebrou vitrines em Tallin, pilhou lojas, danificou automóveis e causou prejuízos no centro da capital.

Nacionalistas x jovens de origem russa

A polícia utilizou veículos com canhões de água e gás lacrimogêneo contra os manifestantes, que arremessavam pedras e também lutavam corpo a corpo com grupos nacionalistas estônios.

Estland Tallinn Krawalle um sowjetisches Kriegerdenkmal
Soldado de Bronze, o ponto da discórdiaFoto: AP

O governo da Rússia qualificou de "sacrilégio desumano" o desmonte de um monumento em homenagem aos militares soviéticos em Tallin e ameaçou o vizinho país báltico com sanções econômicas.

A maioria da população autóctone da Estônia (67,9%) apóia a retirada do monumento, por considerar que o Exército soviético foi uma força de ocupação.

Já a população eslava (31,2%) quer sua permanência, em homenagem aos soviéticos tombados em combates contra as tropas nazistas em setembro de 1944. A Estônia integra a União Européia desde maio de 2004. (rw)

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