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Maioria na Alemanha disposta a fazer sacrifícios pelo clima

23 de abril de 2023

Pesquisa aponta que mais de 40% dos alemães viajariam menos de avião e usariam menos aquecimento para ajudar a combater as mudanças climáticas. Mas poucos abririam mão de comer carne e andar de carro.

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Mão mexe na válvula do aquecedor
Para proteger o meio ambiente, quatro em cada dez alemães reduziriam o consumo de aquecedorFoto: MiS/imago images

Dois terços dos alemães estão dispostos a fazer sacrifícios pessoais para proteger o planeta contra as mudanças climáticas, apontou uma nova pesquisa publicada neste domingo (23/04).

O levantamento realizado pelo instituto YouGov a pedido do jornal Welt am Sonntag também mostrou que 43% viajariam de avião com menos frequência, e 40% reduziriam seu consumo de aquecimento.

A história muda, contudo, quando se trata de comida e carro. Os participantes se mostraram relutantes em aceitar mudanças em sua alimentação, como comer menos carne, por exemplo: menos de um terço (27%) dos alemães disse estar disposto a mudar sua dieta.

A disposição em abandonar o transporte privado foi a menor de todas, com apenas 13% dos entrevistados dizendo estarem prontos para abrir mão do automóvel.

Alemanha promete cortar emissões

A Alemanha tem tomado medidas de longo prazo para ajudar a combater as mudanças climáticas, incluindo a transição para a eletromobilidade e a proibição da instalação de sistemas de aquecimento a óleo e a gás.

O governo do chanceler federal Olaf Scholz, cuja coalizão é integrada pelo ambientalista Partido Verde, prometeu tornar a Alemanha neutra em gases de efeito estufa até 2045.

Até esse ponto, a demanda de energia deverá ser atendida exclusivamente por fontes de energia renováveis, como fotovoltaica, eólica e hidrelétrica. No fim de semana passado, o país europeu fechou suas três últimas usinas nucleares.

Alemães descrentes

Nesse meio tempo, a crise energética, causada pela instabilidade no fornecimento de energia russa após a invasão da Ucrânia por Moscou, forçou Berlim a aumentar o uso de uma forma de energia mais poluente, o carvão.

Como resultado, a maioria dos alemães não está convencida de que a meta de carbono zero será alcançada.

Um em cada cinco entrevistados disse que o plano de neutralidade até 2045 é inviável. Outros 30% acham improvável um desinvestimento total em combustíveis fósseis.

Apenas 14% dos alemães acreditam que a transição energética será alcançada.

ek (AFP, DPA, EPD)