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Lama da Samarco se espalha pelo litoral do ES

22 de novembro de 2015

Onda de rejeitos da mineradora Samarco percorreu 650 km até a foz do rio Doce, no distrito de Regência, em Linhares (ES). Empresa constroi barreiras nas margens e Projeto Tamar remove ninhos de tartarugas da região.

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Foto: Fred Loureiro/Secom ES

Os rejeitos da mineradora Samarco, que contaminaram o rio Doce, começaram a chegar neste sábado (21/11) ao litoral do Espírito Santo. A onda de lama que se formou depois do rompimento de duas barragens no município de Mariana (MG) no dia 5 de novembro percorreu 650 quilômetros até a foz, deixando um rastro de destruição ambiental.

Por causa do tempo seco, um banco de areia formado na foz impede a chegada da lama ao Oceano Atlântico. A Samarco, subsidiária da Vale e da anglo-australiana BHP, tenta desobstruir a passagem da água do rio no distrito de Regência, no município de Linhares. De acordo com a empresa, se a água continuar represada, os danos serão ainda maiores.

Para tentar salvar a vegetação, a mineradora instalou bóias de contenção nas margens do rio, que são geralmente usadas em caso de vazamento de óleo. São 9 mil metros de barreiras, informou a empresa.

Pesquisadores da Coppe/UFRJ preveem que a lama se espalhe por um raio de 9 quilômetros, principalmente ao sul da foz do rio Doce. O local é uma área de proteção de tartarugas marinhas e, para evitar a morte dos animais, o Projeto Tamar removeu vários ninhos na praia de Comboios.

A Defesa Civil recomendou, em caráter temporário, que as pessoas não tomem banho no rio e no mar nessas regiões por precaução. Ainda não há previsão sobre quando a parte mais densa da lama irá chegar ao litoral.

Em 16 dias, a passagem dos rejeitos pelo rio Doce provocou a interrupção do abastecimento de água em vários municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo.

KG/abr/ots